Miguezim de Princesa
I
Circula aqui em Brasília
Um espírito do mal
Que à noite entra escondido
Na janela e no quintal
e, sem a pessoa notar,
Dá-lhe uma camada de pau.
II
Já levou pro hospital
Todas as classes de gente:
Uma pessoa foi dormir
Pras bandas do Sol Nascente
E de manhã, no espelho,
Notou que faltava um dente.
III
Uma noite entrou numa casa
E com a mulher foi mexendo:
– Como é que tu se chamas? -,
Ela perguntou tremendo.
– Pode me chamar de Fava.
– Pois Fava tá me ofendendo!
IV
Ele carrega um pozinho
Que ele sopra e faz dormir,
Quebra osso, quebra dedo
E não para de bolir,
Puxa tufos de cabelo,
Nada da pessoa sentir.
V
Quando esse pó se mistura
Com remédio tarja preta,
Pode remexer com gosto
Na trava da maçaneta
Que a pessoa nem se mexe,
Deus me livre do Capeta!
2 Comentários
A narrativa da deputada pode
até parecer fantasiosa. Mas
tendo como cenário Brasilia,
e com tantos personagens
polêmicos fazendo parte
trajetória política da protagonista,
doido é quem dúvida.
Como eu tenho a convicção de que nada ortodoxo é capaz de dar um corretivo eficaz nesse estado de coisas que só os loucos sabem, essa senhora ou tá de brincadeira com algum ADÉLIO BISPO ou está apenas fazendo latido de vira lata sem noção do que nós brasileiros somos capazes de fazer para ela aterrissar no plano da realidade dos fatos que circundam e ameaçam a paz pública. Parece também que a colheita dela começou agora. Mas pelo conjunto da sua obra, ela ainda tem muito a pagar. Infelizmente, inimigos é o que não falta, e ela os conhece bastante. Não houve e nem há regra pra ditadura. Da mesma forma também é assim para enfrentar ditadores. O TRUNFO É PAU PRA COMER SABÃO E PAU PRA SABER QUE SABÃO NÃO SE COME. Sempre foi assim e sempre será. Pois não há espaço para o diálogo entre a forca e o pescoço.