O fuzil e o feijão

Eu até gostaria de comprar um fuzil, de preferência um mosquetão daqueles que Zé Pereira usou para meter fogo no rabo da Polícia de João Pessoa em 30, mas, infelizmente, não disponho de numerários. E também não tenho comigo a licença das “otoridades” para possuir tamanha relíquia.

O presidento Bolsonaro bem que poderia viabilizar isso.

Já que ele, com veemência de orador dos comícios de antigamente, prega o fuzil no lugar do feijão, poderia tomar para si a reponsabilidade de viabilizar a compra.

E até de tornar possível um “meu fuzil, minha vida” financiado pelo Governo Federal para os carentes de armas.

Já pensou como seria um luxo só a gente de mosquetão na mão trocando tiros como se troca beijos!

Honestamente falando, não gostei do desarmamento promovido pelo Governo do PT.

Desarmaram o cidadão e armaram o bandido.

O homem de bem só compra um canela fina se receber autorização federal, provar que não responde a processo, apresentar atestado de bons antecedentes e ter dinheiro para pagar taxas milionárias.

Já o bandido compra a pistola, o fuzil, o rifle cruzeta e a fogo têbei na Feira de Oitizeiro sem precisar de nota fiscal.

Isso é uma desigualdade sem tamanho.

Para desarmar o homem de bem, o Governo teria, antes, que meter o bandido na cadeia e dar segurança total aos chamados cidadãos dessa pátria.

Mas, por outro lado, não posso achar correta a posição do presidento quando compara o feijão ao fuzil.

Aliás, compara não, prioriza o fuzil.

Até onde sei, fuzil não enche o bucho de ninguém.