Jornal GGN – Fabrício José Carlos de Queiroz, que até outubro deste ano trabalhava como assessor especial lotado no gabinete do deputado Flávio Bolsonaro, foi delatado pelo banco ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) por ter movimentado, só entre janeiro 2016 e janeiro 2017, R$ 1,2 milhão. A transação foi considerada “suspeita” porque Fabrício, que ganhava dinheiro como motorista e segurança do filho de Jair Bolsonaro há mais de 10 anos, não tinha renda mensal nem patrimônio compatível com o montante milionário.
A notícia, que cai como uma bomba sobre a família Bolsonaro, e também atinge a esposa do presidente eleito, Michelle, foi divulgada pelo Estadão, nesta quinta (6).
Além da movimentação suspeita, Fabrício também foi relatado por ter movimentado ao menos R$ 320 mil em espécie de maneira atípica, com saques feitos inclusive de dentro de agência bancária disponível na Assembleia do Rio de Janeiro. Lá, ele retirou R$ 159 mil.
“Também chamou a atenção dos investigadores as transações realizadas entre Queiroz e outros funcionários da Assembleia. O documento lista todas as movimentações e seus destinatários ou remetentes”, narrou o Estadão, sem fornecer os detalhes.
As autoridades consideram os saques suspeitos porque eles podem ser utilizados como método para dificultar o rastreio do destino dos recursos. Além disso, pela análise do banco, Fabrício costuma movimentar recursos pessoais em outro tipo de transação que não o saque.
O nome de Fabrício foi encontrado em um relatório do Coaf anexado pelo Ministério Público Federal à investigação que originou a Operação Furna da Onça, que prendeu 10 deputados estaduais do Rio de Janeiro no mês passado.
O Coaf listou 22 assessores da Câmara com movimentações suspeitas que somam R$ 222 milhões. Fabrício era o número 20, mas não foi alvo da operação. Ele só aparece na lista porque os procuradores da República pediram para o Coaf relatar todos os assessores da Assembleia do Rio que tenham sido objeto de comunicação de “transações financeiras suspeitas”.
Segundo o Estadão, Fabrício ganhava salário de R$ 8,5 mil como segurança e motorista de Flávio Bolsonaro. Ele também recebeu rendimentos mensais de R$ 12,6 mil da Polícia Militar. Ao longo de um ano, a soma dos salários dá menos de um quarto dos R$ 1,2 milhão movimentados de maneira suspeita em 2016.
Fabrício também assinou um cheque para Michelle Bolsonaro que chamou atenção das autoridades.
Procurado, o ex-assessor disse que não sabe nada sobre a movimentação suspeita. Flávio Bolsonaro disse, por meio da assessoria de imprensa, que tem com Fabrício relação de “confiança e amizade” e que ao longo de uma década de serviço, não tomou conhecimento de fatos que “desabonem” o profissional. Segundo o parlamentar, a exoneração do assessor se deu em outubro de 2018, a pedido dele.
Ao longo da disputa eleitoral, a Folha de S. Paulo revelou outros dois escândalos envolvendo Bolsonaro: um processo de divórcio polêmico, em que a ex-esposa fez acordo para não comentar, e o chamado “caixa 2 do WhatsApp”, que levou o capitão da reserva ao caminho da vitória, com empresas privadas financiando ataques e disparos de fake news contra o PT, nas redes sociais.
Ao longo da disputa eleitoral, a Folha de S. Paulo revelou um processo de divórcio de Jair Bolsonaro.
A turma do “mito”, que “vai acabar com a corrupção” no Brasil já está começando bem!
Para quem pratica nepotismo cruzado, emprega funcionário fantasma e usa o dinheiro do auxílio moradia para “comer gente”, esses 24 mil são fichinha.
Agora é preciso apurar para quem o motorista repassou mais de 1 milhão.
Veja também>>>
Flávio Bolsonaro empregou em seu gabinete família de ex-assessor citado pelo Coaf
Fabrício e sua mulher, Márcia Aguiar
O colunista Lauro Jardim, do Globo, informa que Flávio Bolsonaro empregou em seu gabinete na Assembleia Legislativa do RJ a mulher e as duas filhas de seu ex-assessor e PM Fabrício Queiroz, (assessor do filho de Bolsonaro), citado em relatório do Coaf com movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em suas contas bancárias num período de doze meses.
Ele trabalhou até outubro com Flávio e, ao menos por enquanto, será nomeado no gabinete do senador eleito, após a posse. (…)
Na Alerj, Fabrício foi requisitado por Flávio para trabalhar em seu gabinete em 28 de março de 2007. Nunca mais saiu do lado do filho do presidente da República. Não só ele.
Além de Fabrício, sua mulher, Márcia Aguiar (na foto, à esquerda), e duas filhas, Nathália e Evelyn, também foram empregadas por Flávio Bolsonaro.
Uma delas continua nomeada no gabinete.
Márcia exerceu cargo de consultora parlamentar entre 2 de março de 2007 a 1o de setembro de 2017, com salário de R$ 9.835,63.
Nathália foi nomeada no gabinete da vice liderança do PP, de Flávio, em 20 de setembro de 2007, e ficou lá até 1o de fevereiro de 2011. Recebia R$ 6.490,35.
De 1º de abril de 2011 a 11 de agosto de 2011, passou para outro cargo, no valor de R$ 2.950,66 bruto, no Departamento Taquigráfico e Debates.
De 12 de agosto de 2011 a 13 de dezembro de 2016, foi para a terceira empreitada, também sob o aval de Flávio. Tornou-se sua assessora parlamentar, em outro cargo, com valor de R$ 9.835,63.
A outra filha, Evelyn, foi nomeada em 13 de dezembro de 2016 assessora parlamentar de Flávio, no mesmo tipo de cargo que antes era ocupado pela irmã. (…)
Fontes> jornal ggn e www.dcm.com.br
1 Comentário
Então era esse o governe que IRIA varrer a corrupção?