Vamos entender o processo: A Prefeitura de Cabedelo vem sendo ocupada por um prefeito interino. Ele é o presidente da Câmara e assumiu porque o prefeito titular, Leto Viana, foi afastado e preso. E o vice-prefeito, da mesma forma, foi afastado e preso.
Vitor Hugo, o prefeito interino, vem fazendo uma administração elogiável, como reconhece a juíza Tereza Cristina de Lyra. Mas despertou o ciúme da presidente interina da Câmara, Geusa Ribeiro. Ela, então, fez uma eleição improvisada, tornando-se presidente de fato a partir de janeiro e, caso sua eleição fosse validada, entraria no novo ano como prefeita interina e Hugo, além de perder o cargo de prefeito, voltaria à Câmara como simples vereador.
Como em março haverá eleição tampão para prefeito de Cabedelo, quem estiver na Prefeitura com a caneta na mão leva vantagem para o candidato que disputar correndo por fora.
Aí se descobre a trama. A vereadora cresceu os olhos e tramou bem. Só não contava com a juíza Tereza Cristina, que recebeu a missão de julgar o processo movido pela defesa de Vitor Hugo e anulou a eleição, dando à vereadora prazo de 10 dias para se explicar.
Foi na liminar concedida que a juíza reconheceu o bom trabalho de Vitor Hugo e botou os pontos nos iis, afirmando, a certa altura:
“É inegável, portanto, que uma nova mudança na gestão em tão curto espaço e por força de uma votação feita sem a necessária clareza e cuja justificativa não foi exposta, inclusive em relação ao ate então Prefeito, elogiado durante grande parte da Sessão, somente mais instabilidade vai trazer para a população às voltas com uma próxima eleição”.
Vamos aguardar as explicações da vereadora.
1 Comentário
O vice-prefeito foi impedido de assumir, mas não foi preso pois nada foi provado contra ele. Faleceu recentemente