Eles destilam ódio e homofobia

Amigo leitor, o nível de radicalização no país está me deixando com medo. O ódio campeia. Ninguém mais se dirige ao outro tentando argumentar. Só sai agressão. E das mais virulentas.

Acabo de sair de vários grupos de watssaps. Os meus antigos amigos estão irreconhecíveis, estão odiando como nunca.

Dou um exemplo: Repliquei uma publicação do jornalista Glen Greenwald e as pessoas que discordam dele não contestaram a sua fala com argumentos, digamos assim, democráticos. Em vez de desmancharem o que ele falou sobre o que havia no tempo de Dilma e o que está havendo agora, partiram para o palavrão homofóbico, para o “aquele fresco que veio de fora”, para o “se o Brasil fosse um país sério ele estaria dando noutro lugar” e assim por diante.

O rapaz tem a opção sexual dele, mas isso não impede que seja o jornalista premiado que é. E sendo de fora ou não, sendo homossexual ou não, está prestando um grande serviço ao país ao desmascarar falsos paladinos que se exibiam como uma coisa e, agora sabemos, não são melhores nem piores do que os corruptos e desonestos apontados por esses amigos irreconhecíveis dos dias atuais.

Se não estou enganado, na Alemanha de Hitler o ódio dos nazistas pelas minorias começou assim. E o resultado todos vimos depois: milhões de homens, mulheres e crianças assassinados em câmeras de gás e diante de pelotões de fuzilamento .

Começou assim, repito. Hitler pregou o ódio contra os judeus, massacrou os homossexuais, os negros e outros de raças que ele considerava inferiores. E levou o mundo a uma guerra sangrenta.

Prefiro fugir dessa convivência. Ela não é salutar. Esses não são os amigos que aprendi a cultivar. Eles mudaram, estão possuídos pelo demônio, alienados até a quinta geração.

Não os reconheço, nunca os vi, não os quero ver.