Certa vez um editor de política perdeu o expediente em determinado jornal onde trabalhávamos e o editor geral, sem poder puni-lo pela ausência, me demitiu do cargo de repórter. Foi a minha primeira demissão. Paguei o pato pela falta do outro.
Mais pra trás, lá nos longes da juventude, o banqueiro do jogo do bicho deu as contas ao cambista porque muita gente acertou na milhar daquele dia. O banqueiro, com raiva pelo excesso de acertos, descontou no funcionário.
Luiz Fux demitiu o diretor médico do Supremo por causa do vazamento daquele pedido absurdo de separar doses de vacina para ministros e funcionários da Corte
Quando viu o caldo engrossar, o presidente, que dias antes havia defendido o privilégio em entrevista à TV Justiça, jogou o fardo da culpa nas costas do diretor, como se isso tornasse menos feio o papelão por ele protagonizado.
Como dizia finado Mané Pitito, o pau sempre se quebra no espinhaço do mais fraco.
E o pior é que fica por isso mesmo.
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