Não é verdade que o rombo de Lula seja o maior da história como foi noticiado pela Folha e reproduzido aqui. O rombo de Bolsonaro foi maior, ultrapassou os 10 por cento do PIB. E achando pouco, Bolsonaro deixou 40 por cento dos precatórios que seriam pagos por ele para Lula pagar. Assim, como dizia finado Elesbão, não tem kool que aguente.
Vou transcrever aqui três matérias da época do Bolsonaro sobre o desmantelo bilionário do seu Governo para o amigo leitor fazer a comparação.
Veja o que publicou o site ICL Notícias:
Déficit histórico sem precedentes deixado por Bolsonaro nas contas públicas chega perto dos R$ 800 bilhões e complica vida do governo Lula
O déficit histórico nas contas públicas revelado no fim de semana pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, que ultrapassa os 10% do PIB (Produto Interno Bruto), vai deixar nas costas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um desafio muito grande. Na ocasião, Ceron disse que não há precedente na história o rombo deixado pelo governo de Jair Bolsonaro e seu “posto Ipiranga” Paulo Guedes (Economia).
Antes de falar do déficit, o secretário do Tesouro Nacional chegou a divulgar o superávit das contas do governo Bolsonaro em 2022, de R$ 54,1 bilhões, entregue pela equipe do ex-ministro Guedes. Ao ser questionado se esse superávit era artificial, Ceron evitou polemizar. “Esse debate não é completamente técnico e prefiro não responder”, disse ele, para depois afirmar que era um fato o déficit acumulado nos últimos anos, em decorrência, sobretudo, dos gastos da pandemia da Covid-19.
“É muito pior do que se imaginava porque, em 2022, as estimativas feitas pelo Instituto Brasileiro de Economia [Ibre FGV] era de que esse déficit girava em torno de R$ 430 bilhões, só que agora vemos que é muito pior. Estamos falando em algo próximo dos R$ 800 bilhões durante os quatro anos de governo”, disse o professor de economia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) André Roncaglia, que tratou do tema na edição de ontem (30) do ICL Notícias, programa de notícias diário do YouTube.
Os números mostram que as declarações insistentes de Bolsonaro e Guedes, principalmente ao longo da campanha eleitoral, de que a economia brasileira estava “bombando” , não encontram eco na realidade que se apresenta agora. Na opinião de Roncaglia, o rombo nas contas é resultado da soma de “uma orquestração muito bem-feita por parte do Paulo Guedes e do governo Bolsonaro para testar o mercado desde 2019 quanto à possibilidade de driblar o teto de gastos”.
Pelas contas do professor de economia, o governo Bolsonaro driblou o teto de gastos em cerca de R$ 56 bilhões em 2019 sem “suspiro nem soluço do mercado”. Em 2020, vem a pandemia e o teto de gastos é novamente driblado sob essa justificativa, “muito embora o governo tenha demorado para reagir”. Em suma, sob Bolsonaro a regra fiscal que limita o aumento de gastos do governo à inflação passada virou uma peneira.
Roncaglia salientou, no entanto, que o próprio Guedes disse, à época, que tomaria apenas R$ 5 bilhões (do teto), “mas acabou tomando dez vezes mais esse valor”. “E não para por aí! Em 2021, novo drible do teto, de cerca de R$ 116 bilhões e, em 2022, outro”.
Esse aqui é do Estadão à época:
Déficit no mandato de Bolsonaro passa de 10% do PIB, diz secretário do Tesouro
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que não há precedente na história do déficit das contas públicas acumulado nos quatro anos do governo Bolsonaro: maior do que 10% do Produto Interno Bruto (PIB).
Coube a ele divulgar o superávit das contas do governo em 2022, de R$ 54,1 bilhões, entregue pela equipe do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes – que comemorou os dados fiscais favoráveis do último ano de governo, sobretudo da arrecadação depois das desonerações de impostos adotadas pelo governo no ano passado.
Ceron evitou polemizar ao ser questionado se o superávit de Guedes era artificial. “Esse debate não é completamente técnico e prefiro não responder”, disse ele, para depois afirmar que era um fato o déficit acumulado nos últimos anos, em decorrência, sobretudo, dos gastos da pandemia da covid-19.
E a Folha, sobre o calote dos precatórios:
1 Comentário
Não é isso que se propaga por aí,