opinião

O SILICONE DA DISCÓRDIA

6 de março de 2020

Miguezim de Princesa

Nos tempos de programas disfarçados, a moça de 19 anos fez um acerto com o publicitário quase sexagenário: em troca de uma bunda de silicone, ele desfrutaria de sua companhia íntima por um ano, uma vez por semana.
Ela é muito bonita, uma pele brilhante da cor dos raios do sol, 1,70m de altura, pernas roliças, seios que parecem dois cuscuzes de mandioca, mas achava que tinha um problema: o bumbum batido. O suggar daddy achou o acordo excelente e bancou o implante, pago no cartão de crédito em seis prestações.
A jovem ficou muito feliz, radiante.
Na primeira semana pós-implante, tudo correu bem, mas na segunda o coroa parecia carro velho com a injeção eletrônica entupida, sem querer pegar direito, mas mesmo assim conseguiu andar.
Na terceira semana, a bela começou a inventar desculpas, como dor de cabeça e a chegada repentina das regras para não se encontrar com o patrocinador, até que trocou de telefone e sumiu.
O homem, enganado, anda procurando os amigos, querendo saber o que poderá fazer.
– Peça a bunda de volta! – sugeriu Alencar da Embaixada.
Boa ideia.

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