Como fez aquele prefeito do sertão.
Chegou em João Pessoa, visitou o DER, foi a várias Secretarias e, encerrada a agenda, esticou as canelas até a Maciel Pinheiro para experimentar dos manjares litorâneos.
E que manjar! Morena, cintura fina, coxas roliças, um pedaço de pecado para ninguém botar defeito.
Foi uma noite inesquecível na exata expressão da palavra, pois que, ao chegar ao hotel e se preparar para o retorno, descobriu-se portador de uma doença venérea que atendia pelo nome de Crista de Galo.
Que passou a tratar, por orientação de Seu Teixeira, com iodo. Molhava a lã de algodão e passava o produto na área danificada para ver se a Crista diminuía, ia embora.
Em casa, no sertão, prosseguiu o tratamento, escondido da conje, claro.
Mas um dia descuidou-se, trancou-se no banheiro para a terapia curativa e esqueceu de passar a chave. A primeira-dama abriu a porta sem avisar e deparou-se com o espetáculo: O marido segurando a rola e passando a lã de algodão com o iodo na cabeça danificada.
– Que diabo é isso Manoel? – gritou a mulher alarmada.
E ele:
– Pra você ver como a natureza é traiçoeira. Inventou de nascer um treissol logo aqui.
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