Reginaldo Dionísio não era apenas o último gazeteiro de João Pessoa. Ele era o derradeiro bastião da resistência do impresso, do jornal, do livro e da revista que ainda não fora engolido pela modernidade das redes sociais e das mídias. Amanhecia o dia e lá estava ele com suas manchetes penduradas na parede do Paraíba Palace Hotel e a banca repleta de jornais do dia e de dias anteriores, de livros colocados a venda por autores famosos e não tão famosos assim, tendo ao seu lado os costumeiros filões que marcavam presença para lerem de graça as notícias dos jogos de futebol.
A partir de hoje o local ficou vazio. Sumiu mais um marco da nossa cidade velha.
E o Ponto de Cem Réis, ultimamente transformado em dormitório de putas viciadas e bêbados despejados, se descaracteriza de uma vez por todas.
Sobrou apenas a estátua de Livardo.
E assim mesmo, sem os óculos.
10 Comentários
Folhiei, muitas vezes sem pagar nada, muito o Jornal dos Sports, o rozinha, para ver as notícias do Flamengo. Reginaldo não se importava com quem lia as reportagens sem desembolsar.
Ele morreu???
Notícia completa Tião!!!!!!!! O que aconteceu com o cidadão????/
O aconteceu com ele?dê a noticia completa,assim fica meio pé quebrado.
Tião complete a notícia. Reginaldo morreu ? Quando ? Qual a causa mortos ?
O desaparecimento dessa figura lendária do Ponto de Cem Réis simboliza o fim do jornal impresso. Agora A União já pode descansar em paz.
Responde papai, Reginaldo morreu ?
REGINALDO MORREU !!!!!!’ Pronto está respondido.
Meus senhores, Reginaldo Dionísio apenas deixou o ponto onde vendia jornais, assim como seu irmão que fazia o mesmo comércio na esquina oposta. Nada mais que isso. O homem está vivo.
Reginaldo morreu no último dia 04 de setembro, aos 75 anos, de insuficiência cardiorrespiratória. A notícia foi publicada na edição de 10/09/20 de A União.