O coronavirus “pega no vento” como se diz lá em nóis.
Nem a tuberculose foi tão longe.
Antigamente o doente podia conversar com o interlocutor. Só não podia encostar.
Com o coronavirus está proibido de abraçar, beijar e ficar perto.
A distância tem que ser de metro pra cima.
E se o cabra for velho, então!
Tenho mais de 60, sou do grupo de risco.
Por isso nada de beijo, abraço ou aperto de mão.
Conversa só de longe para esconder o bafo.
Os chamados “bafo de onça”, aqueles que quando falavam perto da gente davam a impressão de terem comido um sanduiche de bosta, ganharam na loteria.
Não precisarão mais esconder a boca com a palma da mão para desviar a catinga.
Nem mastigar chiclete de menta pra disfarçar.
Mas aviso que a condenação é momentânea.
Já já tudo volta ao normal e os beijos voltarão a acontecer. Os beijos e os abraços.
Para alegria das dezenas de fãs que desde cedo choram na minha porta clamando pelo beijo da morte ou pelo abraço da marvada.
Quem manda eu ser bonito?
2 Comentários
Eu hoje assisti uma entrevista do infectologista Dr. David Uip, e ele afirmou que o risco seria para pessoas acima de 80 anos, diabéticos hipertensos, asmáticos, e cardíacos.
Além, é claro, de pessoas com imunidade baixa.
O garçom brasileiro que atendeu o Bolsonaro, e comitiva, numa churrascaria, em Miami, está com sintomas de coronavirus.
Segundo jornais americanos o Wajngarten, secretário de comunicação do Bolslnaro, pode ter contaminado mais de 60 CEOS de grandes empresas americanas.
O preço do teste de Coronavirus nos Estados Unidos está na faixa de 8 mil reais ( mais de 1.500 dólares).
E os pobres, como ficam?
É agora que vão perceber a desumanidade do capitalista Trump em acabar com o ObamaCare ( um tipo de SUS).
A 7 meses da eleição americana, o coronavirus poderá ser a pá de cal na intenção de reeleição do Trump.