Um grupo de parlamentares errou, por alguns milhares de quilômetros, o local onde deveria entregar um manifesto ao que consideram uma violação aos direitos dos presos pela invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Chefiados pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), os congressistas foram à sede das Nações Unidas, em Nova York, quando, na realidade, deveriam ter seguido para Genebra, na Suíça.
Girão — que ficou conhecido pela atuação negacionista na CPI da Covid, embora jamais tenha se admitido bolsonarista — chegou a anunciar a viagem nas redes sociais, por meio de um vídeo. A denúncia, segundo ele, é referente ao que considera uma “violação de direitos” dos presos após os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.
O grupo de parlamentares foi entregar o manifesto ao embaixador do Brasil nas Nações Unidas, Sergio Danese. Com Girão estavam os também senadores Carlos Portinho (PL-RJ) e Magno Malta (PL-ES), além do deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS) — todos bolsonaristas e críticos ferozes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em casos de alguma denúncia por violação a direitos humanos, primeiramente tem de ser peticionada ao Comitê de Direitos Humanos da ONU — cuja sede é em Genebra. O erro de endereço cometido pelo grupo de parlamentares foi informado pela colunista Bela Megale, de O Globo. Mesmo assim, Girão, Malta, Van Hatten e Portinho fizeram questão de postar, nas redes sociais, o encontro com Danese.
O documento levado pelo grupo foi assinado por 52 congressistas e tem aproximadamente 50 páginas.
2 Comentários
Eu nunca vi dizer que um “patriota” desses reclamasse das condições péssimas e desumanas dos presídios brasileiros, cuja população carcerária, em sua maioria, é formada por pretos, pobres e putas.
Para eles o lema era “bandido bom é bandido morto”.
O fato é que os “patriotas” encarcerados cometeram crimes graves, a exemplos das tentativas de explodir o aeroporto de Brasília, da baderna para invadir a sede da PF, sem falar da depredação contra a sede dos três poderes da República, enfim, pretendiam impor – inclusive “em nome de Jesus” – um regime ditatorial de terror e morte.
Agora eles experimentam, na própria pele, a dureza do cárcere. Queriam ser tratados com caviar e vinho tinto? Por acaso achavam que a prisão seria como uma colônia de férias? A regra, que é o caos, vale para todos, infelizmente. Pimenta no rabo dos outros é refresco.
Apesar de militar em favor deles a presunção da inocência, garantia prevista na Constituição que tentaram rasgar, suas prisões preventivas se justificam pela gravidade dos crimes praticados. São pessoas altamente nocivas ao mundo civilizado, são criminosos tanto quanto um traficante ou assaltante, e não podem viver em liberdade. Estão na prisão pela manutenção da ordem pública e para garantia da aplicação da lei penal. Isso também é constitucional.
Agora, enquanto eles apodrecem no cárcere, quase esquecidos, o líder dos “patriotas” continua livre e solto, usufruindo das benesses do cargo de ex-presidente, ganhando mais de 100 mil reais por mês, com direito a mansão pra morar de graça, dentre outras mordomias.
A preocupação do “mito” está na sua defesa dos inúmeros crimes cometidos ao longo do seu (des)governo, a exemplo das tentativas de sabotar as eleições e as medidas sanitárias que salvaram vidas durante a pandemia do COVID-19, bem como o patrocínio velado aos atos criminosos do 08 de janeiro. Já não propaga com aquela veemência o “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”… É que, no caso, a verdade, de verdade, prevaleceu contra a propagação de mentiras – aliás, MENTIRA ainda é condenada na Bíblia porque é obra de satanás. Pena que essa prática não foi rechaçada por aqueles que dizem trilhar os passos de Jesus, que pregam o Evangelho das boas novas.
Rapaz esse eduardo girão tenta de todas as formas agradar ao flavio bolsonaro, vergonha do Ceará.