Os mistérios da política “são muito misteriosos”, como dizia finado Gominho, o filósofo de Princesa.
Nem sempre o que o político diz, acontece do jeito que ele disse.
Sempre há o mistério a rondar frases, atos e escritos.
Funciona como no jogo de cartas. Os jogadores escondem a carta mais valiosa, outros blefam, mas no final, quando o mistério deixa de ser mistério, a platéia se surpreende com o desfecho.
Agora mesmo um mistério muito misterioso ronda a aliança do governador João Azevedo com o prefeito Cícero Lucena.
Cícero defende a manutenção dessa aliança em 2022 com o PP, seu partido, na chapa majoritária.
João concorda com ele.
E aí surge o impasse que somente o mistério misterioso da política sabe explicar.
O PP tem um candidato a senador, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro.
O nome de Aguinaldo é questão fechada no partido. A irmã dele, senadora Daniela Ribeiro, já disse que o clã de Enivaldo está unido em torno desse projeto.
E o PP, todos sabem, é quase uma propriedade privada desse importante grupo político de Campina Grande.
João formaria a chapa com Aguinaldo candidato a senador?
E Efraim Filho, como ficaria?
Efraim já se movimenta para ser o escolhido. Em pesquisa recente, ele, Efraim, só perdeu pra Ricardo Coutinho.
Como todo mundo sabe que a Aguinaldo não interessaria figurar como vice de João, paira no ar o tão misterioso mistério da política.
E o governador, entre a cruz e a espada, fica a avaliar:
Se escolher Efraim, fica sem o prefeito de João Pessoa, sem o vice de Campina Grande e sem o vice de Cabedelo.
Se escolher Aguinaldo, com certeza o clã de Santa Luzia não ficará feliz, tampouco sorrirá de orelha a orelha o senador Veneziano, que já fechou questão em torno do deputado Efraim Morais.
O lá e lô dificilmente acontecerá.
E até poderá acontecer, já que aos mágicos da política é facultado o direito de mexer os pauzinhos para deixar tudo arrumado.
O pobre do eleitor é quem fica perdido, ariado, com cara de bobo, olhando para um lado e para o outro sem entender porra nenhuma.
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