Rafael Freire
Terminadas as eleições na capital paraibana, algumas considerações sobre o resultado das urnas.
1) A volta de Cícero Lucena a prefeitura ocorre após o apoio de 185.055 eleitores, *o menor número de votos que um prefeito recebe desde 1996*, quando ele venceu pela primeira vez a prefeitura. Na época a capital tinha 293.751 eleitores, quase 230 mil a menos que hoje.
2) Proporcionalmente, apenas 35,43% do eleitorado votou em Cícero, *o menor percentual nas eleições de prefeito em nossa capital*, desde quando foram retomadas em 1985.
3) *A pandemia não teve um peso tão grande assim na abstenção*. Ao comparar com o segundo turno de 2012, o percentual subiu de 17,24% para 23,34%.
4) A negação ao nome de Cicero se afirma também no percentual de votos brancos e nulos, que cresceu de 7,39% para 10%, o que representou 52 mil eleitores, *um aumento de 17 mil eleitores entre os segundo turnos de 2012 e 2020*.
5) Assim, o número de votos válidos diminuiu nesse segundo turno, a um total de 348.085 votos, *ficando menor que o da eleição de 2008*, mesmo com o eleitorado tendo crescido quase em 80 mil pessoas.
Cícero mesmo com o apoio do governador, ex-secretários da prefeitura e ainda de alguns setores da esquerda (sobre o discurso de impedir a ascensão do bolsonarismo), assumirá a prefeitura com *o menor nível de apoio popular desde o fim da ditadura militar*, onde o direito ao voto era negado ao povo.
Venceu as eleições, mas Cícero está longe de sair com um resultado eleitoral que lhe dê força e condições de implementar uma administração respaldada pela cidade, o que aumenta a necessidade de mobilização popular para impedir os ataques que sua política pode representar na cidade de João Pessoa.
4 Comentários
Análise inquestionável, porque baseada nos dados eleitorais. Um prefeito eleito com a menor votação proporcional desde o fim da ditadura militar.
Sebastião o que importa é que Cassinho Tri-cassado perdeu mais uma…
Homi. Teu candidato perdeu e Ciço ganhou. And.
ANALISANDO A ANÁLISE DOS OUTROS PRA VER SE DÁ UM UP NO BISACO DO CEGO: Imagine quem é que dispõe de tempo pra buscar e apontar dados estatísticos com intuito de desqualificar por pura picuinha inútil ao pragmatismo. Se a regra legal diz que a maioria absoluta dos votos válidos é o suficiente, então bastaria 50% + 1 ao vencedor. O resto é conta de perdedor que, acaso estivesse na posição do vencedor, possivelmente não estaria tão depreciativo assim. O salto do tamanco seria um Luiz XV. O problema é que ao lado do eleito veio uma madame que adora sorvete pago pelo contribuinte, afora um mói de famintos da Serra.