opinião

Os peidões e uma oportunidade perdida no mercado de carbono

10 de julho de 2023

Reprodução. Imagem meramente ilustrativa

Miguel Lucena

Com a abertura do novo mercado do carbono, fiquei pensando que meu irmão Tião Lucena teria ficado rico se não tivesse nascido em outra época. Quando menino, ele era contratado por alguns agricultores para bufar nas covas de jerimum e assegurar, com isso, uma boa colheita.

Meu pai, que disputava com o vizinho de frente Luiz Marques quem soltava o peido mais alto após o desligamento da luz a motor de Princesa, e Cabo Arruda, que peidava a prestação, de casa até a roça do Gavião, teriam também ficado bem de vida.

Certamente eles receberiam incentivos do governo para peidar menos ou então engarrafar as bufas.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, com assessoramento de Rodrigo Rollemberg, ex-governador do Distrito Federal, comanda um orçamento de R$ 30 bilhões para incentivar a queda da poluição e o novo mercado de carbono.

Pena que Tião Lucena hoje peide pouco, depois que passou a fazer deitas lights, e não tenha comoddities para negociar nos altos escalões governamentais.

Você pode gostar também

Sem Comentários

Deixar uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.