Reprodução. Imagem meramente ilustrativa
Miguel Lucena
Com a abertura do novo mercado do carbono, fiquei pensando que meu irmão Tião Lucena teria ficado rico se não tivesse nascido em outra época. Quando menino, ele era contratado por alguns agricultores para bufar nas covas de jerimum e assegurar, com isso, uma boa colheita.
Meu pai, que disputava com o vizinho de frente Luiz Marques quem soltava o peido mais alto após o desligamento da luz a motor de Princesa, e Cabo Arruda, que peidava a prestação, de casa até a roça do Gavião, teriam também ficado bem de vida.
Certamente eles receberiam incentivos do governo para peidar menos ou então engarrafar as bufas.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, com assessoramento de Rodrigo Rollemberg, ex-governador do Distrito Federal, comanda um orçamento de R$ 30 bilhões para incentivar a queda da poluição e o novo mercado de carbono.
Pena que Tião Lucena hoje peide pouco, depois que passou a fazer deitas lights, e não tenha comoddities para negociar nos altos escalões governamentais.
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