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Os presos de Mossoró não deixaram nem sinal de bosta, diz o conterrâneo Aristides Carcereiro

15 de março de 2024

Miguezim de Princesa
O conterrâneo Aristides,
Um homem brabo que só,
Que foi ajudar nas buscas
Dos presos de Mossoró,
Disse que na região
Só acham peba e mocó.
II
– Os dois que escapuliram
Já atravessaram a costa.
Eu olhei por todo canto,
Posso fazer uma aposta,
De certo ponto adiante
Não há mais rastro de bosta.
III
– O povo, com muito medo,
Se trancou em seu regato,
E faz as necessidades
Em penico e até em prato,
Nem o povo nem os presos
Cagaram dentro do mato.
IV
– Pois a minha conclusão,
Que assino nesta hora,
É que sem sinal de bosta,
Digo sem medo e demora,
Os fugitivos estão mortos
Ou então já foram embora.
V
– Mortos sei que não estão,
Não vi no céu aribu,
Não sinto fedor de nada
E nem catinga de cu,
Se brincar eles já estão
Depois de Pindobaçu.

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