Estávamos reunidos no terreiro da casa de Dona Emília, no Ernesto Geisel, curtindo mais um sábado com muita cerveja, cachaça e comida. Alguém cantava ao violão, nem lembro quem, mas recordo exatamente da hora do telefonema de Dona Cacilda avisando sobre a chegada de uma criança na casa de nossa amiga Miriam, em Mangabeira, acompanhada de um bilhete no qual estava dito que ela, a criança, deveria ser entregue na casa de Cacilda.
Era um sábado de dezembro de 1993, às 11:30 hs.
O alvoroço foi geral. Minhas irmãos correram até minha casa, jogaram dona Cacilda dentro do carro e se mandaram pra Mangabeira.
De lá voltaram trazendo aquela moquequinha de gente, mais couro e osso do que carne, tão pequeno que cabia em uma de minhas mãos.
Mas foi incrível! Todo mundo se apaixonou na hora. Chegava mais um membro para a família Tião/Cacilda para se enturmar com os irmãos já crescidos, ela, Niâni, com 13 anos e Felipe com 12.
O tempo foi passando, o menino foi crescendo e se fazendo luz. E hoje chega aos 29 anos.
O que dizer de Ju? Que é amado nem precisa, todos sabem.
Que é o xodó da família, isso nem digo porque é jornal de ontem.
Que é inteligente, criativo, vencedor, fomos descobrindo ao passar do tempo e hoje isso é uma verdade incontestável.
Que foi um presente de Deus, disso não duvido. Tanto é verdade que nasceu no mesmo dia e no mesmo mês do pai: 19 de dezembro.
De sua boca ouvi uma confissão que acabou de me conquistar. Instado a se casar porque já está perto dos 30, respondeu: “Meu casamento será com vocês dois. Vou cuidar dos meus dois velhinhos.”
Parabéns, Ju. Que Deus te faça mais feliz do que já és.
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