O amigo e conterrâneo Tadeu Mendes Florêncio está indo a Campina Grande comemorar os 80 anos de Maria José Florêncio de Medeiros, sua mãe.
Tadeu é da safra mais jovem de amigos princesenses. Quando saí de Princesa, em 75, ele ainda era um rapazola criando os primeiros penugens de barba no queixo.
Hoje é um craque em tudo que faz. O homem elétrico, como o chamo. Mas o que mais invejo nele é a solidariedade aos amigos. Nunca diz não, jamais se nega a ajudar. E se esforça para juntar o povo da terrinha, seja nas festas juninas (São João dos Princesenses na Capital), seja nos encontros da Feira do Zé Américo para os abraços regados a cuscuz com bode e picado.
Dona Maria José é de uma geração anterior a minha. Quando a conheci, moça bonita e prendada, ela já estava contraindo núpcias com Antônio Florencio, o filho de Seu Marçal do Silva.
Conheço a sua luta através do depoimento do filho. Um baluarte, um exemplo, um porto seguro para sua família.
Fico feliz quando reencontro alguém do meu tempo ou de um pouco antes do tempo meu. É sinal de que ainda existe vida naquele mundo que aos poucos definha.
Vida pouca, mas vida.
Na última vez que estive em Princesa, só pude rever os amigos e com eles passar algum tempo rememorando o passado ao visitar o cemitério. Estão todos lá, identificados por cruzes de madeira e de cimento, alguns em covas rasas que logo sumirão, outros em túmulos decentes que decerto perpetuarão suas lembranças.
Na rua mesmo, poucos, contados a dedo.
Por isso festejo esta sexta. A sexta de Dona Maria, de Tadeu e demais familiares.
Que outros aniversários aconteçam. Que outras festas sejam realizadas.
Parabéns.
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