opinião

Paraíba perde Jonas Leite Chaves

16 de março de 2025

 

Josinato Gomes 

Poucos de nós, paraibanos, soubemos do fato num primeiro momento, mas perdemos um dos políticos mais importantes do final do século último passado, na primeira semana deste mês de março, o intelectual, escritor, dramaturgo e poeta Jonas Leite Chaves (foto), que era natural da antiga Vila de São Boa Ventura, de há muito incorporada à atual cidade de Itaporanga, a Rainha do Vale do Piancó, como é chamada a terra do não menos importante Praxedes da Silva Pitanga – muito ao contrário, este foi o maior de todos nós, seus conterrâneos e parentes.
Jonas revolucionou o campo paraibano, como engenheiro agrônomo e a partir da Estação Experimental do Veludo, nos arrabaldes de Itaporanga, e foi deputado estadual entre as décadas de 60 e 70, granjeando desmedido prestígio no então governo Ernani Sátyro, ao ponto de ter conseguido efetivo apoio do Estado para a construção da atual sede da Assembleia Legislativa, na condição de seu presidente.
Na mesma época, Jonas Leite Chaves dera decisiva contribuição, ao lado do então jornalista e futuro deputado Soares Madruga – que se iniciava na atividade política e ara amigo pessoal do Doutor -, à pavimentação asfáltica da Redenção do Vale, a BR-361, ligando Patos a Itaporanga e estendendo-se até a cidade de Conceição, através da PB-386, que esbarra na divisa com o município cearense de Mauriti.
Jonas literato
Foi concomitante o ingresso de Jonas nas atividades política e literária, e, no caso último, prosperou e multiplicou-se – por exemplo – no teatro, na poesia e no memorialismo político – no caso exclusivamente paraibano -, cuja principal obra intitula-se por “Marcas de uma raça, com foco na árvore genealógica que deu início à história de Itaporanga – como Vila -, cujo principal galho distendeu-se do velho sertanista Alexandre Gomes da Silva, formando quarteto com os também desbravadores João Madeiro, Padre Lourenço e Joaquim Carnaúba.
P.S.: Convém aqui ressaltar que Jonas Leite Chaves era irmão do não menos brilhante escritor, político e jurista de escol François Leite Chaves, que foi duas vezes senador, pelo estado do Paraná, e procurador-geral de Justiça Militar (governo José Sarney), quando desvendou o mistério envolvendo o desaparecimento do ex-deputado federal Rubens Paiva, nominando, inclusive, os cinco militares que o assassinaram em nome do Regime Político de então.

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