Meu amigo Marcos Pires está decidido a viver a vida dele sem dar satisfações ao vizinho.
Assim ele desabafou no Facebook:
“Um amigo muito querido ficou cego depois dos 60 anos. Outro teve um AVC com consequências terríveis. Ultimamente muitos outros amigos vem morrendo numa sucessão incrível. Eu acho que está na hora de acordar todos os dias pensando em ser muito feliz sem esperar nem precisar justificar porra nenhuma para ninguém. A partir de amanhã quem quiser me encontrar que bote sentido no caminho que vou percorrer”.
Lendo o que Marcos escreveu, me vejo no fim da ladeira que comecei a subir faz tempo, já descambando para a descida inevitável.
E o que fiz desse e nesse caminhar?
Dei muita safistação dos meus atos.
Tive medo de magoar certas figuras.
Vivi o que quiseram que eu vivesse e
Frustrei muitos sonhos sonhados e não realizados.
Resta-me quantos quilômetros?
Nem eu mesmo sei.
Nesses tempos bicudos, então, ninguém sabe de nada.
Muitos anoitecem e não amanhecem.
Ou nem anoitecem, depende.
Então, Marcos está certo. Ou melhor dizendo, está certíssimo.
Se você quer ser feliz de verdade, dono daquela felicidade que lhe completa e não liga para as aparências, não dê satisfações, tampouco espere a aprovação do vizinho.
Mande os abelhudos se lascarem.
E viva plenamente.
Porque o amanhã é incerto e o futuro só a Deus pertence.
5 Comentários
Tudo bem, mas, continue em casa. Não afrouxar o protocolo é fundamental. Siga o padrão estabelecido há quatro meses. Nada de ficar balançando o rabo e se debandar para o Mercado da Torre aos sábados de manhã cedo. Não vá na onda de ninguém. Preserve seu caneco. Aguarde mais. Espere terminar pelo menos o mês de agosto. Sua geladeira está repleta e seu salário está garantido.
Mais um pouquinho, um pouquinho, só um pouquinho, tião.
Essa é, com certdza, a decisão que exige mais coragem dos que a ousam tomar.
Optar pela liberdade de viver sem as amarras da sociedade, não é algo fácil
É como optar pela loucura com o máximo de lucidez.
seja feliz!
Bem vindo , amigo
Lembrei daquele cara bolsonarista pego em um bar lotado de Brasilia, sem máscaras, e que disse aos fiscais: “Tô na vida pra viver”.
Só que pra viver tem que estar vivo! Mesmo que seja com máscara na cara, e fazendo tudo em slow-motion. Ainda assim vale a pena.