Por: Aldo Ribeiro
Não. Não basta a catarse de insatisfação da população com a política. Não basta os desabafos nas redes sociais. Os vídeos constrangedores de políticos sendo achincalhados pela população, até naquela mais humilde comunidade, que outrora abraçaria e ficaria feliz da vida com a visita ilustre em sua casa. Faltava mais um tapa na cara do povo cansado de ser enganado. Faltava explicitar pra quem quiser ver. E dane-se qualquer mudança de paradigma na política.
Perdidinha da Silva, a auto-intitulada oposição “oficial” ao governo do PSB, vai formando uma chapa entre famílias. O que importa é que esteja todo mundo acomodado, e na pior das hipóteses com mais dois anos de poder garantido. Senão, vejamos: Romero Rodrigues recuou da sua vontade de ser candidato, mas indicou sua esposa, com larga experiência administrativa na gestão pública. Testada e aprovada. Só que não. O recuo de Romero, que de besta só tem aquela fala de menor carente, significa mais dois anos à frente da 2ª maior cidade do estado, e ainda correndo o risco de eleger sua querida esposa vice-governadora do estado da Paraíba. Um “negoção” pra família, né não?! Cássio Cunha Lima, Pedro Cunha Lima, Tovar Correia Lima, Bruno Cunha Lima, Arthur Cunha Lima, ETC e tal’.
Luciano Cartaxo, é um caso à parte. Recuou da mesma forma que Romero. Ninguém confia em ninguém do lado de lá. Numa negociação bizarra, feita às pressas e sem consultar os partidos da base, fecharam como cabeça de chapa o irmão gêmeo de LC. É como se fosse uma espécie de filme de ficção científica, onde a mesma pessoa estivesse em dois lugares ao mesmo tempo. Percebam o quanto é surreal pensar que daqui há seis meses as duas maiores máquinas do estado, João Pessoa e o próprio estado, possam ser comandados por dois irmãos…gêmeos. A mesma carinha, o mesmo jeitinho de falar, os mesmos discursos sem sal. A mesma mania de não entrar em bola dividida.
Aí alguém deve se perguntar: pior do que isso não pode ser. Pode. Pasmem. A maior experiência administrativa do irmão gêmeo do prefeito, é ter sido presidente de um bloco carnavalesco, cujo nome é Picolé de Manga. Confesso que já pulei carnaval nesse bloco. É animado. Mas pera ai, isso é pré-requisito pra comandar os destinos de milhões de paraibanos, além de ser a cópia do irmão prefeito? E não me venham com a justificativa de que o irmão gêmeo já foi superintendente da CBTU, senão pode piorar. Reza a lenda que houve até comemoração do SINTEFEP, quando de sua saída.
Abramos os olhos, renovam os quadros, mas as práticas são as mesmas. A população nessas horas, é apenas um instrumento de perpetuação de poder. A chapa que está se formando é a mais cristalina das provas.
“As coisas mudam de nome, mas continuam sendo religiões”.
3 Comentários
Que nojo!!!!
A impressão que fica é que nem Romero nem Luciano, por razões óbvias, quiseram arriscar as suas respectivas prefeituras.
Assim, como quem quer ganhar em todas as pontas mantiveram os seus cargos com a perspectiva de usar as prefeituras na campanha eleitoral do irmão e da esposa.
É querer demais, não?
NÃO SEI O PORQUÊ, MAS TEM ALGUÉM NA FOTO CUJO OLHO ESQUERDO ME FEZ LEMBRAR O VELHO E INDEFECTÍVEL CEVERÓ!