Do blog de Diego Lima
O inquérito que investiga o senador paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB) na Operação Lava-Jato, por supostamente ter recebido R$ 800 mil da Odebrecht na campanha ao Governo do Estado de 2014, teve novidade no trâmite.
A investigação saiu da Corregedoria da Polícia Federal, onde tinha chegado no dia 19 deste mês, para ir à Procuradoria-Geral da República (PGR) no dia 21. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura do inquérito contra Cássio em abril do ano passado.
Entenda
Dois delatores que eram vinculados à Odebrecht, Alexandre Barradas e Fernando Reis, declararam que o senador havia solicitado a propina para a campanha eleitoral na qual foi derrotado pelo atual governador Ricardo Coutinho (PSB). Cássio era apelidado nas planilhas de supostas propinas como “trovador” e “prosador”.
Em um dos vídeos disponibilizados pelo Ministério Público, Fernando Reis disse que Cássio teria se comprometido a dar como “contrapartida” do apoio financeiro a privatização da Cagepa.
Confira:
3 Comentários
Vai dar em porra nenhuma. Tucano tem blindagem de titânio. PIADA pronta com direito a dinheiro lançado pela janela e tudo. O judiciário e os tucanos debocham explicitamente da sociedade.
PURA PERDA DE TEMPO! TODO MUNDO ESTÁ CANSADO DE SABER QUE POLITICO TUCANO, POR MAIS PROVAS
QUE EXISTAM, SEJA ELE QUEM FOR, TEM BLINDAGEM GARANTIDA.
Do Ricardo Kotsho em seu blog: PSDB chega aos 30 anos com a cara de Aécio
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Nesta segunda-feira, 25 de junho de 2018, o PSDB chega aos 30 anos no pior momento da sua vida, sem motivos para comemorações.
Certamente, este partido aliado à bancada do boi e ameaçado pela Lava Jato, não era o dos sonhos de Mario Covas, o seu primeiro presidenciável, em 1989.
Ameaçado, na verdade, é apenas força de expressão, já que a Justiça sempre dá um jeito de livrar os tucanos das denúncias que pesam contra eles, mas a imagem do do partido está tão desgastada que sequer consegue lançar um candidato competitivo a presidente.
Comandado ainda por FHC, o partido dos tucanos hoje tem mais a cara de Aécio Neves do que de Mário Covas.
Covas era o simbolo da política com ética e liderou o movimento dissidente para sair do PMDB de Orestes Quércia, que não dava muita importância a estas preocupações intelectuais.
Depois de eleger Fernando Henrique Cardoso duas vezes em primeiro turno, o PSDB só voltou ao poder pelas mãos golpistas de Michel Temer, após 14 anos de derrotas para o PT.
Caminhando cada vez mais para a direita, trombou nesta campanha com Jair Bolsonaro, o candidato da extrema direita que disputa o mesmo eleitorado e lidera as pesquisas sem Lula.
Aliado ao mercado, à mídia e à Justiça, o PSDB é hoje o partido preferido de apenas 3% dos eleitores, bem distante do PT, que tem o apoio de 20%, segundo o Datafolha, mesmo depois da prisão do ex-presidente Lula.
Dos seus 49 deputados, a grande maioria é de São Paulo e Minas e pertence à bancada do boi, formada pelos setores mais conservadores do agronegócio.
Em 1988, quando foi fundado, o partido defendia a reforma agrária, combatida por Ronaldo Caiado, do DEM, que depois se tornaria seu aliado.
Nada menos de 40% da sua bancada federal é formada por ruralistas que defendem a liberação de agrotóxicos e combatem a demarcação de terras indígenas.
Inexistente no Nordeste e em outras regiões do país, nada do PSDB de hoje lembra o dos seus fundadores.
Seu último presidenciável, em 2014, o senador Aécio Neves, foi pego em flagrante ao receber R$ 2 milhões em propina solicitada ao empresário Joesley Batista, mas até hoje nem foi a julgamento, graças a uma Justiça morosa e seletiva.
A cada semana surgem novas denúncias sobre os governos tucanos que mandam em São Paulo há mais de duas décadas, atingindo o ex-governador Geraldo Alckmin , entre outros.
Alvos da Lava Jato, os caciques Aécio Neves e José Serra sumiram de cena e só pensam em manter o foro privilegiado.
O que sobrou?
Sobrou como cara nova cara do PSDB apenas o empresário João Doria, demitido no governo de José Sarney, que abandonou a prefeitura de São Paulo 15 meses após a posse e agora é lembrado para ocupar o lugar do seu padrinho Geraldo Alckmin, empacado com 7% nas pesquisas presidenciais.
Triste fim. Mario Covas deve estar se revirando na tumba.
Vida que segue.