PADRE EGÍDIO
Está mais do que provado que o Padre Egídio, como padre, mijou fora do caco. Mas isso não quer dizer, como foi dito, que o seu comparecimento ao Gaeco para, voluntariamente, depor, foi um jogo de cena.
O padre está sendo acusado de tudo no mundo e mais um pouco.
E, convenhamos, se fosse outro teria escapulido, fugido pra bem longe, se enfiado no primeiro buraco que encontrasse pela frente.
Ir de peito aberto ao Gaeco para entregar o celular e se oferecer para depor é, além de um ato de coragem, uma terrível ameaça aos possíveis cumplices de sua denunciada delinquência.
A quem interessa o silêncio do Padre Egídio?
Taí uma pergunta que me faço desde ontem e não consigo encontrar resposta.
CHICO BUCHUDO
O pescador Chico Buchudo ficou nacionalmente conhecido na década de 70 por ter feito a travessia da Praia da Penha ao Rio de Janeiro numa jangada.
Há mais de 50 anos ele fincou estaca num terreno sem dono do Cabo Branco, fez sua casinha, casou, teve filhos, viu os filhos crescerem e se formarem, tudo dentro da maior normalidade.
Vendia os peixes que pescava na beira da estrada onde ficava a pequena granja onde morava. E as sobras eram vendidas no Mercado da Torre.
Eu mesmo comprei peixes a Chico Buchudo.
Um dia Chico Buchudo morreu. E sobrou para a viúva e os filhos a ganância de um inesperado dono do terreno onde está construída a casinha da família.
A briga vem durando anos no Judiciário. Ora sai decisão a favor do ganancioso, ora sai a favor dos prejudicados. Esta semana saiu uma decisão favorável aos filhos e a viúva de Chico Buchudo. Mas a agonia continua.
Lembrando que faz 50 anos que Chico, a viúva e os filhos habitam aquele chão.
Será que ainda existe direito adquirido no Brasil?
1 Comentário
Tiao, nao passe pano para um padre ladrão de hospital.