Nunca se fingiu tanto na política da Paraíba. É um fingimento generalizado, tipo capa bonitinha e interior podre. Os sorrisos para as fotografias guardam um azedume que não há disfarce que esconda. Os abraços são de tamanduá. O ranger de dentes denuncia o falso amor.
E, aliado ao fingimento, o descrédito campeia. A palavra está valendo um risco n`água ou menos. Hoje alguém esculhamba o outro alguém e amanhã o esculhambador declara-se apaixonado pelo esculhambado.
Tudo dentro das conveniências, do toma lá, dá cá, do “hoje eu te odeio e amanhã eu te amo”.
E no meio desse tumulto, o eleitor atarantado não sabe pra onde correr. Fica feito a vítima das duas onças, no “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Não sabe se acredita no discurso de ontem ou se passa a acreditar no de hoje, ou então não acreditar em nenhum dos dois porque ambos pertencentes ao mesmo mentiroso, aquele bicho que não se emenda, não merece confiança, é mais falso do que um nota de três reais.
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