Quando eu tinha 14 anos e morava no sertão de Princesa, conheci dois políticos: Antônio Nominando Diniz e Aloysio Pereira.
Eles eram inimigos políticos desde o distante 1930.
Convivi com os dois lados. O de Nominando era o lado do meu pai, o de Aloysio era o da minha família, Florentino.
Testemunhei campanhas históricas, até ameaças de guerra testemunhei.
Os grupos se armavam para enfrentar os grupos oponentes.
Mas todos se respeitavam.
Tanto é verdade que, no ocaso da sua vida, o deputado Aloysio Pereira estendeu a mão aos herdeiros de Antônio Nominando e os dois lados promulgaram a paz.
A paz sempre é possível.
O impossível é a intolerância.
E o intolerante é sempre o despeitado, o que discorda da razão.
Eu vivi o tempo dos tempos lá de cima. E deles sinto orgulho.
Não sei se posso me orgulhar dos tempos que vieram depois.
1 Comentário
GERALMENTE O INTOLERANTE NÃO É TÃO INTOLERANTE. DIGO ISSSO PORQUE COM ELE MESMO É LIBERAL E EXIGE DOS OUTROS, TOLERÂNCIA INCONDICIONAL, PARA CONSIGO MESMO … TOLERÂNCIA TOTAL.