POR AMANDA RODRIGUES
Sobre os delatores.
Ah, mas tem dois auxiliares de Ricardo que delataram.
Vamos falar sobre isso.
Pensem comigo: Sobre o delator I. B. Eu mal o conhecia, nossas pastas no governo não eram afins, eu o encontrava apenas em reuniões com todos os outros secretários.
No meio da delação, ele afirma que Ricardo é chefe da ORCRIM. I. B. parece que tinha dinheiro na conta de um filho e alguns imóveis incompatíveis com sua renda, os quais são parte de seu acordo de delação. Entre ter a liberdade e tirar o filho da situação que ele próprio causou ou dizer que Ricardo era chefe de uma ORCRIM, o que ele iria preferir?
Sobre a delatora L. F., posso falar mais, pois trabalhava diariamente com ela. As nossas pastas se complementavam. Acredito que deve ter sido muito difícil para ela falar de Ricardo. Primeiro, porque o que ela disse não é verdade. Segundo, porque ela nutria uma gratidão e um reconhecimento enorme por ele, sempre falava de como ele tinha confiado nela e a ajudado a aprender como profissional.
Ela se tornou uma excelente técnica, uma mulher forte e de uma garra enorme.
L. F., como foi publicitado, teve a vida de toda sua família devastada, todos foram alvo de busca e apreensão e, acredito eu que ela não tenha tido outra saída a não ser dizer o que poderia tirá-la daquela situação. Tanto que a delação dela é toda contraditória, uma hora ela diz que deu, outra que Ricardo não pediu. Outro dia alguém me mandou uma foto dela a esculhambando. Eu pedi que não fizesse aquilo, pois ninguém estava em sua pele. Tenho por ela uma enorme empatia, e sinto o tamanho da sua dor. O que ela passou não deve ser brincadeira. Só ela é capaz de mensurar.
Não posso mais falar com ela, a última vez que falei, ela ainda fazia parte do Governo, início de 2019. Rezo muito para que L. F. consiga ter paz, por tudo que viveu. Pelo que conheci, imagino o seu sofrimento por ter “ajudado” a incriminar alguém que ela queria muito bem. Dia desses, falando com um advogado, ele me contou que defendeu um cliente que fez delação e reconheceu seus supostos crimes. Na audiência, quando indagado pelo juiz, ele simplesmente disse que sua delação não era verdadeira, e que após ter sido submetido a tudo a que ele foi na prisão, delataria até o juiz, imagine a ele próprio.
Delações são feitas em momentos de extremo desespero, por isso devem ser acompanhadas de provas, e nessas delações o que se vê são só palavras! Uma lástima estar vivendo um momento triste como esse, onde parte do judiciário e do ministério público ferem o princípio da pessoalidade de morte, toda hora.
Eu espero dias melhores, mais justos e menos pessoais. Sem provas qualquer brasileiro pode se tornar culpado, inclusive VOCÊ!
4 Comentários
Tenho acompanhado e gostado do que é escrito. Continuo acreditando no MAGO.
Eu não acredito que RC jogaria no lixo toda sua História….. continuo acreditando na sua inocência….o tempo dirá
Delação é uma excrescência e Ricardo é inocente, mas provar quando e aonde?
Delação é excrescência.
Ricardo é totalmente inocente.