1 – A seca fez Seu João Gonçalves, já sessentão, deixar Sousa ir botar um comércio em João Pessoa. Vendia carne de sol, queijo, rapadura e outras iguarias sertanejas. Um dia chegou uma velhinha de 80 anos na sua venda pedindo um pedaço de carne para temperar o feijão. Solidário como todo sertanejo, Seu João tirou um pedaço de carne com osso, dando-o à velhinha. E ela, agradecida:
– Vou rezar para o seu negócio crescer”.
– Minha velhinha, peça a Deus para meu negócio levantar, porque com o tamanho estou mais do que satisfeito”.
2 – Aboletado na portaria da Assembléia Legislativa, o deputado Edvaldo Motta foi interpelado por uma eleitora do deputado Juracy Palhano, que desejava saber do seu paradeiro. Sem se levantar, Edvaldo apontou:
– A senhora está vendo aquela porta de alumínio? Pois é lá a sala dele. Agora tem uma coisa: bata com muita força , porque senão ele não escuta.”
Era o elevador do prédio.
3 – O ministro Alcides Carneiro foi assistir a um filme de suspense. Na saída, quase caiu com o esbarrão de um sujeito apressado para entrar no cinema. O ministro reagiu com bons modos:
– Não precisa pressa. A outra sessão ainda não começou.
– E daí? Não lhe perguntei. Não pedi desculpas e nem vou pedir.
– Ah, é? Pois então fique sabendo, logo agora, que o criminoso do filme só aparece no último minuto. É o primo do mocinho”.
Revelado o enigma do filme, o mal-educado deu meia-volta e foi embora.
4 – Uma amiga, nada discreta, perguntou certa vez a Dona Glória Cunha Lima, no seu aniversário, quantos anos ela tinha completado.
Ronaldo Cunha Lima, marido de Dona Glória, tomou a palavra e disse:
– Glória, responda a minha que eu administro as duas.”
5 – Metido a conquistador, o governador João Agripino deu uma cantada em bela moça que integrava uma comitiva de estudantes cariocas em visita ao Palácio da Redenção. A bela morena, de corpo escultural, olho para o franzino governador da Paraíba e respondeu, perguntando:
– Não tem medo que eu aceite?”
6 – Na eleição de 1986, Wilson Braga era candidato a senador e em um comício em Pombal um orador começou a elogiar demais: Que tinha sido o melhor governador da Paraíba, tinha o Projeto Canaã, o melhor para o funcionário público e etc… Quando em dado momento um gaiato gritou do meio do povo:
– Dê o rabo a ele!
O orador olho para Wilson e perguntou:
– Eu respondo, Wilson?
Ao receber o consentimento do governador, o locutor não contou conversa:
– Eu como o seu e o dele”. Foi aí que Wilson Braga se apressou em corrigir:
– Peraí, assim não.”
7 – Toinho Cabral, participando de um comício em Campina Grande, procurava mostrar ao povo o amor que Severino Cabral tinha pela cidade:
– …meu pai, que nasceu em Umbuzeiro, abriu os olhos em Campina…
Da multidão surgiu o grito:
– É cachorro!
8 – Ao ser perguntado por uma ouvinte do seu programa na Rádio Espinharas se era pecado rezar no sanitário, Padre Levi respondeu:
– Conforme São Mateus, minha filha, o que desce vai para o inferno e o que sobe, para o céu.”
9 – Uma outra ouvinte enviou-lhe uma carta confessando que seu marido não acreditava em Deus. Resposta do Padre:
– Minha filha, ele é um jumento. Burro tapado que deve estar nas profundezas do inferno. Prá lá disso. Dê um feixe de capim, todo santo dia, pro demônio acreditar em Deus. Se afaste dele, porque, se ainda não tem chifres, deve ter patas”.
10 – Ramalho Leite era líder do Governo Burity II e, em minoria na Assembléia, tinha dificuldade em aprovar as matérias de interesse do Palácio da Redenção. Um grupo de deputados, rebelados, ajudava a oposição a derrotar o Governo. Em plena Ordem do Dia, procurou o deputado Gilberto Sarmento, um dos rebeldes, e lhe informou que o Motel Fogeama estava publicando uma lista de cheques sem fundos e o nome dele constava da lista.
– Vá urgente ao Cartório de Chico Souto!
Gilberto esbravejou, disse logo que deveria ter sido um vereador a quem dera um cheque e saiu às pressas.
Quando ele saiu o Governo reconquistou a maioria e Ramalho solicitou que se botasse a matéria em votação.
Sem Gilberto, o Governo ganhou mais uma…
Terminada a sessão, eis que Gilberto retorna e diz que não encontrou a tal lista. Até hoje não sabe que foi vítima de um ardil parlamentar.
11- E agora lá se vão meus abraços sabadais para Afrânio Bezerra, Murilo Sena, Inácio Tavares, Gilvan Navarro, Terto Morais, Maisa Felix,Chico do Paraiban, Antonio Maximiano, Neno de Mirabô, Clodoaldo Oliveira, Chico da Barraca e Toinho Vicente.
12 – O coronel Pedro Belmont, quando era chefe da Casa Militar do Governo Pedro Gondim, foi informado sobre a solenidade de recepção no Palácio da Redenção. Era o governador do Lions que ia chegar.
Belmont não entendeu bem, e mandou que a Guarda de Honra fosse preparada, pois pensou que fosse um governador de Estado. Depois de prestadas as honras militares, foi que os membro da comitiva do Lions Clube de Serviço, bastante surpresos, souberam do equívoco.
1 Comentário
Muito boa a crônica de hoje! ????