Porque hoje é sábado

1 – Hoje aqui não entra política, só fuleragem. Os políticos que se socorram dos que nãos sabem falar de outras coisas. Nós sabemos. Podemos falar de mé, muié, moté, sarapaté e até meter a “culé” em outras searas, menos política. Vamos desintoxicar, gente!

 

2 – O ex-deputado Chico Pereira saiu de Pombal, pela meia noite, no corujão da Viação Gaivota, com destino a João Pessoa. Quando subia a serra de Santa Luzia, depois de atravessar Patos e São Mamede, retirou do bolso do paletó um grosso, comprido e vistoso charuto, fabricado em Arapiraca, acendendo-o com  o isqueiro tipo “tabaqueiro” e em seguida ficou soltando baforadas que incensaram o ônibus.

Diligente, o cobrador se acercou dele e, educadamente, perguntou se o deputado sabia ler. Diante da resposta afirmativa, apontou para uma plaquinha na parte de cima do para brisa, bem à frente de Seu Chico, e argumentou:

– Se sabe, deve ter lido que é proibido fumar charuto, cachimbo e cigarro de palha.

– Bom basta, meu filho, se eu fosse dar valor a placa já tinha estourado meu bucho de tanto beber coca-cola”, respondeu Seu Chico.

 

3 – A carne subiu tanto que Biro Biro do Geisel confessa que só sente o produto quando vai mijar.

 

4 – O ex-deputado Antonio Quirino estava no seu primeiro mandato parlamentar e se preparava para disputar a reeleição. Sua casa, em Cajazeiras, ainda hoje é vista como uma das mais bonitas. Até primeiro andar tem.

Certa manhã um eleitor chegou lá, à sua procura, sendo recebida pela mãe do deputado, Dona Maria. Ao perguntar pelo deputado, recebeu a informação de que ele se encontrava em João Pessoa.

Quando saiu da casa, o eleitor olhou para o primeiro andar e viu a careca de Quirino, brilhando pela janela.

Voltou, bateu na porta e quando Dona Maria apareceu, ele avisou:

– Dona Maria, diga a Quirino que quando ele for pra João Pessoa não esqueça de levar a careca.

 

5 – O corpo de Joaquim Soldado foi enterrado com direito a dobrados e honras militares, ontem, em Princesa.

 

6 – O saudoso Joaquim Mariano, quando prefeito de Manaira, inaugurou o calçamento da rua principal e, na solenidade, começou seu discurso assim:

– Meus amigos, sou homem de palavra. Tudo que eu prometo eu cumpro Sou assim: mato a cobra e mostro a rôla.

Paulo, filho dele, que estava ao lado, cochichou:

– Não é rôla, pai, é pau.

E seu Joaquim, sem afastar o microfone:

– Ora, Paulo, é tudo uma merda só.

 

7 – Na feira de Solânea você compra piaba fresquinha, sem sal. Vem embalada em pequenas caixas de isopor. E sendo hoje um sábado…

 

8 – O empresário João Rodrigues Alves se candidatou a prefeito de Cajazeiras, tendo como companheiro de chapa o médico Julio Bandeira.

Num giro pela zona rural, a caravana de Seu João parou no Distrito de Boqueirão (Engenheiro Avidos) para um rápido comício. Orientado, o candidato fez um bocado de promessas, desde a construção de escolas até água encanada para a comunidade.

Pouco letrado, João Rodrigues ouviu de um assessor que tudo aquilo seria construído em convênio com a Sudene. Empolgado, o candidato emendou:

– Além dessas obras, eu também prometo fazer um “convento” pra Sudene.

 

9 – Fiquei sabendo que no sertão caiu chuva com gosto.

 

10 – O deputado Walter Brito apresentou requerimento na Assembléia solicitando a doação de cem mil cabeças de gado aos pequenos agricultores do Estado.

Mordaz, o deputado Pedro Adelson, que ouvia o discurso de Brito junto aos jornalistas, na cabine de imprensa, comentou:

– Brito só distribuirá esses cem mil bois se forem bois de menstruação.

 

11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Alexandre Moca, João Machado, Joaz de Brito Filho, Ricardo Lucena, Leonardo Alves, Ranieri Abrantes, Abrão Almério,  Pedro Cirne,Julio Moreira,  Flavio Lacerda, Severino Barros, Flávio Sátyro (pai e filho), Pedro Macedo, João Aurélio, Juarez Lima, Efigênio Moura, José Antonio, Juca Pontes e Agnelo Muniz Fernandes.

 

12 – O prefeito de São José de Caiana, Chico de Dezinho, foi a Brasília buscar verbas. Na hora do almoço, parou num bar e pediu um chopp. Depois pediu outro e mais outro. Quando já havia bebido uns dez, aproximou-se o garçom para perguntar se estava gostando.

– O chopp está nos trinks. O que está ruim mesmo é essas bolachinhas, pois são insossas e duras.

Referia-se às tampinhas de papelão colocadas em baixo dos copos de chopp para não molhar a mesa.