1 – Esse negócio de políticos de tendências diversas se juntarem numa eleição não é novidade. Aqui na Paraíba sempre se viu isso. Vejam o exemplo do governador reeleito, que disputou a eleição votando em Lula e recebeu o apoio dos bolsonaristas do Grupo da Várzea. Do outro lado, Pedro Cunha Lima declarou neutralidade para ficar bem na fita com o lulista Veneziano e os bolsonaristas declarados Romero Rodrigues, Bruno Cunha Lima, Edna Henriques e Efraim Filho.
2 – Lembrei de Wilson Braga que em 82 uniu num mesmo ideal os eternos inimigos Pereira e Diniz em Princesa. Depois dessa eleição eles se apartaram de novo. Por conveniência.
3 – O então governador João Agripino ouvia reivindicações dos prefeitos do interior, reunidos em Palácio, quando em dado momento o prefeito de Olivedos, um cabra grandão de quase dois metros, pediu:
– Governador, eu queria que o senhor mandasse construir o açude do Boi Morto, uma obra de grande importância para o nosso município, num sabe?
O deputado Egídio Madruga, que assistia a audiência, o interrompeu:
– É bom, governador, não esquecer a barragem do urubu, que vai comer o boi morto.
4 – Seu Cabral foi uma das maiores lideranças políticas de Campina Grande. Não era letrado, mas fazia a política do povão. Certa vez, seguindo o conselho da assessoria para se referir ao máximo possível de interlocutores, começou o seu discurso na inauguração de um cemitério num distrito de Campina Grande, acunhando:
– Conterrâneos e subterrâneos…
5 – Uma tarde, no Rio de Janeiro, Seu Cabral andava pela Avenida Rio Branco. Resolvendo passar para o outro lado, meteu-se na frente dos carros, fora do sinal. O guarda gritou:
– Cidadão, não pode ir por aí. É proibido atravessar em diagonal.,
Severino Cabral voltou.
– Você não conhece roupa não, ignorante? Isso não é diagonal. É tropical maracanã.
6 – Chegando de viagem ao Aeroporto de Campina Grande, Ronaldo Cunha Lima foi recebido por alguns amigos, entre os quais um cidadão acompanhado de um garotinho. Ao abraçá-los, Ronaldo perguntou:
– E esse menino, é seu filho?
Ele respondeu:
-É nosso.
Ronaldo se mostrou surpreso e disse:
– Estou sabendo agora.
7 – Logo após a revolução de 64, o governador Pedro Gondim estava no Palácio da Redenção, quando ouviu um carro de som anunciando a chegada do General Novilar. Pedro ficou entusiasmado e mandou chamar um oficial de gabinete para fazer a recomendação:
– Providencie um jantar no Cabo Branco, pois farei uma homenagem ao general.
Ele não sabia que o General Novilar era uma loja que estava sendo inaugurada na cidade.
8 – Aboletado na portaria da Assembleia Legislativa, o deputado Edvaldo Motta foi interpelado por uma eleitora do deputado Juracy Palhano, que desejava saber do seu paradeiro. Sem se levantar, Edvaldo apontou:
– A senhora está vendo aquela porta de alumínio? Pois é lá a sala dele. Agora tem uma coisa: bata com muita força, porque senão ele não escuta.
Era o elevador do prédio.
9 – Submetido a uma ultrassonografia abdominal que incluía exame de próstata, na Clínica de Lavoisier, em João Pessoa, o deputado Ramalho Leite ficou encantado com o diagnóstico do médico:
– Sua próstata é de um adolescente.
Ele assim mesmo indagou inconformado:
– Dr., não dá pra trocar por outra coisa de adolescente não?
10 – O ministro José Américo de Almeida foi participar de algumas solenidades de inauguração no município de Antenor Navarro. A cidade inteira preparou-se para recebê-lo. Ruas com bandeirolas, a banda de música tocando, e o povo cercando o governador, sem deixa-lo andar. O prefeito Alexandre ficou impaciente, e lembrou:
– Governador, está na hora de inaugurar o sumitério.
– Não é sumitério, Alexandre, diga cemitério – alertou o ministro.
– Isso é pru sinhô, que istudô em suminário.
11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Felipe Silvino, Marcos Pires, Cícero Lima, Douglas Lucena, Ramon Moreira, Valdemir Azevedo, Fernando Caldeira, secretário Marcos Vinicios, Assis Camelo, Venancio Medeiros, Neno de Lero, Zebedeu de Solânea, Antônio Malvino e Zé Alan Abrantes.
12 – Padre Anacleto estava no meio do sermão e resolveu ilustrar a pregação com uma frase de um santo que, tinha certeza, estava em sua memória. Então, falou assim:
– Eu me lembro muito bem… não é… daquela frase que disse São Francisco de Assis… foi não… Quem disse foi Santa Tereza D`ávila… também não… Foi São Judas Tadeu… Foi não… Foi São Clóvis Bevilacqua… piorou… Parece que foi São José de Cotolengo… este também não… Arre lá, foi um santinho aí qualquer… não é”.
Sem Comentários