1 – Tenho aqui comigo cópias de dois extratos de contratos firmados pelas Prefeituras de Mossoró e de Santa Rita com o artista Tarcisio do Acordeon para as festas juninas. No contrato de Mossoró o sanfoneiro vai ganhar R$ 130 mil e no de Santa Rita R$ 320 mil. A inflação tá braba.
2 – Na entrevista a Heron, ontem,em Bananeiras, o deputado Tião Gomes garantiu que, indo para o Tribunal de Contas como está praticamente acertado, sua atual esposa não o substituirá na política. Heron insistiu:
– Mas se ela quiser?
– Aí eu deixo!
3 – Por falar em Tião Gomes, ele trocou Damião Feliciano por Gervásio Maia. Disse que foi a pedido do governador. “O governador João Azevêdo já conversou comigo de a gente trabalhar um apoio no Brejo para o PSB e para o deputado Gervásio Maia”, informou Tião.
4 – Ramalho Leite não gostou da substituição da tradicional banana pelo padre na chamada Praça da Banana, em Bananeiras.
5 – Segundo o governador Zema, de Minas Gerais, no Sudeste e no Sul há uma proporção muito maior de pessoas trabalhando do que vivendo de auxilio emergencial. Só não explicou essa migração de mineiros para o Nordeste.
6 – O secretário de Governo da Prefeitura do Recife, Aldemar Santos, veio participar de um encontro da Frente Nacional de Prefeitos, em João Pessoa e foi confundido, pela mocinha que fazia o credenciamento dos participantes, com um segurança. O moço é preto e se disse vítima de racismo. Logo aqui!
7 – Romero e Tovar não foram à abertura do São João de Campina Grande. Veneziano foi.
8 – Na Câmara de Pirpirituba as reuniões são bastante movimentadas. Que o digam o presidente João Carlos Castro Simões e o vereador Antiogenes Santos Costa, protagonistas de um bate boca colossal durante a sessão de quinta-feira.
9 – A Justiça proibiu a competição de bodes na Festa do Bode Rei de Cabaceiras. Mas comer carne de bode com cuscuz pode.
10 – E o São João começa a pegar fogo de Cabedelo a Cachoeira dos Índios. Ainda não se sabe o que o TCE vai fazer com os municípios que, beneficiados pelo decreto da emergência, estão contratando artistas a peso de ouro para animar o forró.
11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Heron Cid, João Alberto Lins, Kleber Andrade, Manoel Lisboa, Glaucio Nóbrega, Carlos Candeia, Felipe Silvino, Luiz Brilhante, Luiz Conserva, Luiz Peixoto, Luiz de Santa, Luizinho do Pagode, Luiz Couto, Luiz de Fila e Luiz Inácio.
12 – Hoje recorro a Ramalho Leite, que descobriu a veia engraçada do ex-governador Ivan Bichara:
O político e escritor Ivan Bichara Sobreira, cajazeirense do colégio Padre Rolim, estaria completando cem anos neste maio de 2018. As cidades onde atuou politicamente e as entidades que honrou com sua participação, uniram-se para a merecida homenagem. Estive na sessão conjunta da Assembleia e Câmara da capital, proposta pela deputada Camila Toscano e pelo vereador Milanez Neto. Ouvi vários discursos que enalteceram a figura do exemplar homem público. Facultaram-me a palavra e eu fui à tribuna, apenas, para preencher uma lacuna nas falas dos outros. Esqueceram de lembrar a fina ironia e o humor cáustico de Bichara. Resolvi contar alguns fatos e agora vou repeti-los para os que me seguem neste espaço e nas redes sociais.
O líder do seu governo, (eu era vice-líder e iniciante na AL) deputado Evaldo Gonçalves, cansou de ouvir as queixas dos seus liderados sobre fatos do governo que levaram a bancada de sustentação ao descontentamento. Resolveu tratar do assunto com o chefe do executivo. Foi marcada uma reunião em Palácio. O governador, sentado em amplo sofá sob o quadro da prisão de Peregrino, tinha ao seu redor cerca de vinte deputados. Cada um apresentou seu queixume e o paciente Bichara apenas ouvia. “Ele sabia ouvir como ninguém” disse Germano Toscano, seu chefe de gabinete. Terminada a cantilena parlamentar, foi a vez do governador falar:
– Vocês não estão satisfeitos com o meu governo? Pois vou lhes confessar uma coisa: eu também não estou!
Os espíritos foram desarmados e as armas ensarilhadas…
Em uma de suas visitas ao Poder Legislativo, ficamos a lhe fazer sala no gabinete da presidência, enquanto não se iniciava o evento. Eu, Waldir dos Santos Lima, Edvaldo Motta, Sócrates Pedro e Orlando Almeida aproveitávamos para encaminhar alguns assuntos do nosso interesse. O deputado Sócrates Pedro, como se sabe, era cunhado do empresário Walter Brito proprietário da Real, e intermediário dos seus assuntos junto ao governo.
No meio do papo, o deputado Orlando Almeida começa a narrar um fato que se passara em Campina Grande. Meio prolixo, Orlando demorava muito a concluir, buscando detalhes desnecessários. Impacientei-me e adverti o querido colega:
– Orlando, o governador é muito ocupado. Apressa essa conversa: para chegar em Campina você está arrodeando por Princesa Isabel…
O governador riu da minha pilhéria e fez a dele:
-Fala baixo, Ramalho, se não o Sócrates vai querer registar essa linha de ônibus…
Na campanha municipal de 1976, uma vereadora da capital, já sexagenária e sem muita disposição para a luta, procurou-o para pedir ajuda. Na conversa, lembrou ao governador que sua principal concorrente era uma linda jovem, quase dois metros e com muita disposição para pedir votos e, acrescentou:
-É uma luta desigual, dr.Ivan!
-Realmente é muito desigual, respondeu Ivan.
Sua incursão pela literatura nos deixou vários romances e ensaios, notadamente sobre José Lins do Rego, sua especialidade. Em um deles, não sei se Carcará ou Joana dos Santos, quase morro de rir com um personagem, casado com moça nova e recentemente saída do parto. A mulher procurou o médico levando a criança raquítica, mais parecendo um produto daqueles países africanos onde a fome é quem dá as ordens. O médico admirou-se da fragilidade da criança e destacou:
– A senhora com tanto leite e deixa seu filho nesse estado?
A resposta da aflita mãe, retrata o humor de Bichara, também presente na sua obra.
– Não sobra nada para a criança, doutor: meu marido bebe todo o leite!
1 Comentário
1 -Ontem vossa senhoria disse que o ex-hotel tambaú estava abandonado e os novos donos nada fazem para recuperá-lo. A minha sugestão é que coisa velha abandonada na rua deve ser recolhida ao lixo.
A prefeitura tomava a iniciativa, que é dela, e devolvia a praia ao povo.
2 -Mudando de assunto: o que danado significa a expressão que tenho escutado muito ultimamente – “ausência de articulação política”, dita pelo dr lira, presidente da câmara federal.