1 – Edvaldo, porteiro de um prédio no Bessa, está na fila a espera de uma cirurgia cardíaca. Ele já foi regulado pelo município de João Pessoa e tem esperanças de ser cirurgiado em breve. O breve dele é mais ou menos um ano. Sim, a cirurgia de Edvaldo acontecerá no fabuloso Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, aquele que Ricardo Coutinho construiu no Planalto de Santa Rita.
2 – Explicação pra lá de singela do deputado federal Wellington Roberto para o seu voto favorável à Reforma Tributária: “Ela começou no Governo de Bolsonaro”.
3 – Parece que estiou. Mas no céu não vejo estrelas, só nuvens. Pode ser que sim, pode ser que não, o certo é que há previsões de novas chuvas. Ou chove ou venta grande como dizia o finado e sempre lembrado Luizinho de Calu.
4 – O presidente Adriano Galdino só vê prejuízos para o Nordeste no novo texto da reforma tributária. Segundo o deputado, os Estados mais poderosos do Sul e Sudeste vão levar vantagens sobre os chamados Estados pequenos.
5 – Estranhável se fosse o contrário, mesmo com um relator nordestino, paraibano, de Campina Grande. Aliás, Ramalho Leite, com sua insuperável ironia, já havia questionado lá atrás: “Tu acreditas em uma reforma relatada por um nordestino que recebeu o apoio antecipado do poder econômico paulista?”
6 – Mas vamos pra frente, mais pior do que está não pode ficar, mais ou menos é medida de rôla e antes tarde do que nunca era a pregação de finado Pedro Crente, o maior pedreiro que conheci nas regiões sertanejas.
7 – E vamos rosetar:
A primeira preocupação do prefeito Pedro Tomé, ao tomar posse em Mari, foi construir e inaugurar vários sanitários públicos no pátio da feira livre.
No dia da inauguração, fez este discurso histórico:
– Quando eu não era administrador desta cidade, os homens e as mulheres daqui viviam “enturidos” no meio da feira. Agora vocês estão bem servidos com essas latrinas. É só vocês quererem e poderão “desenturir”.
8 – Essa quem conta é Ramon Moreira, o maior vereador da história de Bananeiras e atualmente brilhante advogado:
“O brigadeiro Eduardo Gomes fazia, no Largo da Carioca, seu primeiro comício da campanha presidencial de 1945. A multidão o ouvia em silêncio:
– Brasileiros, precisamos trabalhar!
Do meio do povo, uma voz poderosa gritou:
– Já começou a perseguição!
9 – Raimundo Asfora foi fazer um comício em Patos e, como era natural, o povo encheu a praça para escutar o maior orador desses últimos tempos.
Asfora começou o discurso assim:
– Povo forte do dezoito do forte!” Os aplausos pipocaram.
Vendo aquilo, o candidato a vereador Chico Macarrão resolveu imitá-lo no discurso que proferiu, dia seguinte, na periferia:
– Povo burro do Mata-Burro!
10 – Na cidade de Emas, em 1972, o prefeito mandou um projeto à Câmara propondo um convênio a ser firmado entre a Prefeitura e o Incra, para manutenção da Unidade Municipal de Cadastramento.
O líder do Governo Municipal começou tratando o órgão de “a Incra”, um outro vereador o corrigiu, dizendo que o certo era “o Incra”. Criou-se uma discussão entre os dois e aí surgiu um “tertius”, que pediu a palavra e propôs:
– Acho que, primeiro, deveríamos esclarecer o sexo do órgão para poder, então, votar a matéria.
11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Sales Fernandes, Antônio Malvino, Maguila de Bananeiras, Zebedeu de Solânea, 1berto de Almeida, Alexandre Moca, Zé Euflávio, Fábio Targino, Fred Menezes, Giovani Meireles, Harrison Targino, Jackson Bandeira, João Vicente Machado, João Alberto Lins, Joseride Lucena, Júnior Duarte, Kubi Pinheiro, Laércio de Pirpirituba e Luciano Pires.
12 – Candidato a vereador em Cajazeiras, o agente fiscal Manoel Caiçara foi ao distrito de Divinópolis tentar convencer o eleitorado a sufragar seu nome, apresentando uma proposta procedente, mas uma justificativa inusitada:
– Se eu for eleito, divinoplinos, prometo a vocês lutar pela construção de um cemitério nesta comunidade, para que os defuntos deixem de ir a pé até o cemitério de Cajazeiras.
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