1 – o aniversário dele foi ontem, mas a comemoração começa hoje pela manhã sem hora para terminar. Falo de Maguila, o bom sertanejo que virou brejeiro por causa do amor. Viajou de Cajazeiras, seu berço, até Bananeiras para estudar, conheceu a namorada, gostou dela, se apaixonou, casou e nunca mais voltou ao sertão. Estabeleceu-se na Gruta da Chã do Lindolfo, plantou sementes, teve filhos e hoje é a figura mais conhecida da terra da Rainha. Canta muito, é boêmio, apreciador de uma boa cachaça, e, acima de tudo, é gente fina e amigo do peito. Hoje vai ter buchada e carneiro assado na Gruta.
2 – E como uma festa chama a outra, a da Noite de Princesa no TCE foi um verdadeiro SU. Princesenses se encontraram, talentos de Princesa se apresentaram e Nominando, o presidente do TCE e princesense da gema, não cabia em si de felicidade. Eis aqui um flagrante do encontro:
3 – Muito infeliz a nota de pesar da Prefeitura de Belém. A pretexto de lamentar o triste episódio da sexta-feira, solidarizou-se com o funcionário que matou a esposa e se matou, dando pouco espaço à verdadeira vítima. Somente a noite, quando o estrago já estava feito, tirou a nota do ar.
4 – O amigo Land Seixas continua procurando apoios para recuperar a sede do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba, invadida e depenada por ladrões que dela levaram tudo: 60 cadeiras do auditório, aparelhos de ar-condicionado que pesavam 60 quilos cada um, lâmpadas, birôs, bujão de gás, portas e janelas. E não satisfeitos, destruíram o que não puderam levar.
5 – Pior fizeram com a estátua de Caixa D`água, colocada aos pés do Thomás Mindelo na Praça Aristides Lobo. Derrubaram-na e, como não puderam levá-la carregando nas costas, mandaram buscar um caminhão para o transporte. E não apareceu, mesmo a operação começando às 10 da noite e terminando às 4 da madrugada, um carro da polícia para evitar o saque.
6 – Aliás, o centro da cidade está um caos. O Ponto de Cem Réis virou reduto de bêbados e de sem tetos. A cena é triste. Jovens e velhos, de ambos os sexos e de caras inchadas, sentam-se debaixo das árvores para beber. Bebem na boca da garrafa, tirando o gosto com língua humana. Depois que secam as garrafas, penduram-nas nas árvores. Até parece que nasceram pés de cana no antigo Viaduto e agora começam a frutificar.
7 – E as lojas fechadas. Da Maciel Pinheiro pra cima o que se vê é anúncio de “aluga-se” nas portas fechadas de antigos estabelecimentos comerciais. Não tem mais empurra-empurra de clientes buscando roupas, calçados, panelas e peças de automóveis. Nem mesmo o comércio de material de construção consegue sobreviver.
8 – Só pra matar meu amigo Edson Vidigal Filho de inveja: em Bananeiras o termômetro acusa quase zero grau. É frio de torar e endurecer o bico do peito. Bem diferente da Teresina dele que, de tão quente, assa a bunda de quem se senta no asfalto.
9 – Hoje não vai ter cuscuz na feira, mas sábado vai ter. Se não for na do Zé Américo, será em Dona Francisca lá nas Mangabeiras. Cuscuz com bode, porco, rabada, costela de boi e mocotó.
10 – A estrada de Sapé a Mari e de Mari a Guarabira continua brindando os motoristas com belos e profundos buracos. Quem anda por esses dois trechos tem a sensação de que virou astronauta e está a passear pelo chão esburacado da lua.
11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Douglas Lucena, Ramon Moreira, Ramalho Leite, Ricardo Ramalho, Astrogildo Kleber, Adalberto Targino, Aldo Lopes de Araújo, Zeca Ricardo Porto, Bigu de Jacumã, Renato do Funcionários II,João Alberto Lins,Eliabe Castor, Alberto Pessoa, Martim Assueros, Jessé Abdala, Hildebrando Rosas, Paulo Emanuel Rodrigues, Gilson Kumamoto, Luiz Brilhante, Ricardo Aiala, Raniery Abrantes e Marcos Ramalho.
12 – O governador João Fernandes de Lima ia recepcionar em Palácio o embaixador e jornalista Assis Châteaubriant. Zeloso no trato do dinheiro público, exigiu do mordomo que lhe apresentasse o cardápio do banquete, pois não queria gastos supérfluos.
Ao receber a lista, Fernandes colocou os óculos e começou a ler: Entrada – patinhas de caranguejo ao molho vinagrete, sopa de cabeça de peixe… e foi por aí. Quando chegou no prato principal e leu “filé a Châteaubriant”, voltou-se para o mordomo:
– Rapaz, vamos bajular, mas não precisa tanto assim.”
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PARABÉNS, MAGUILA! E AS CAMINHADAS?