1 – Hoje vamos tratar só de política, não a de hoje, que não tem a menor graça, mas a de antanho, cheia de coisas engraçadas. E para começar, lá vai:
Seu Joaquim Mariano, antigo líder político de Princesa, se candidatou a prefeito. Tinha voto e dinheiro e seu sonho era governar a terra natal. Aloysio Pereira, líder maior da facção a qual Seu Joaquim estava ligado, queria que o candidato fosse Miguel Rodrigues, pessoa da sua família. Mas temia desgostar Seu Joaquim, que era aliado do tempo do coronel Zé Pereira.
Mandou, então, chamá-lo e o convidou para ser vice de Miguel.
E Seu Joaquim:
– Compadre Aloysio, eu já estou muito velho pra viçar”.
2 – Chico do Cigarro, figura bastante conhecida em Sousa, tentava pela quinta vez se eleger vereador, quando resolveu apelar:
– Meus amigos, se desta vez eu não for eleito, serei capaz de dar um tiro no ouvido.”
A multidão respondeu em coro:
– Já morreu! Já morreu!”
3 – O prefeito Zé de Arlinda almoçou na casa do líder político Doutor Bentinho e, ao final do regabofe, começou a limpar os dentes com o dedão da mão. Vendo aquilo, o anfitrião perguntou se ele usava fio dental.
– Bem que eu gostaria, doutor, mas acontece que eu tenho os ovos muito grandes e o cu cabeludo -, desculpou-se.
4 – Outra de Joaquim Mariano:
Quando prefeito de Manaíra, Seu Joaquim inaugurou o calçamento da rua principal, e, na solenidade, começou seu discurso assim:
– Meus amigos, sou homem de palavra. Tudo que prometo eu cumpro. Eu sou assim: mato a cobra e mostro a rola”.
Paulo, filho dele, que estava ao lado, cochichou:
– Não é rola, pai, é pau.
E Seu Joaquim, no microfone:
– Ora, Paulo, é tudo uma merda só.”
5 – Luiz Sá se elegeu prefeito do Lastro e para comemorar veio conhecer João Pessoa. Foi recebido por Johnson Abrantes, seu sobrinho, que se encarregou de levá-lo ao Cassino da Lagoa para um jantar de luxo. Luiz comeu até empanzinar. De lagosta a camarão, passando por vinhos finos e sobremesa de pudim de leite.
Terminada a comilança e a conta devidamente paga, Johnson sugeriu:
– Agora, tio, vamos tomar um táxi”.
– Guento mais não, Johnsim, tô de bucho estourando de tão cheio”.
6 – O ex-vereador José Gonçalves se engajou na campanha de Ney Suassuna ao Senado em 1982. Numa quinta-feira saiu cedo de casa, antes do café, contentando-se apenas com um ovo que fritou às pressas.
À noite, no comício, quando chegou a hora de discursar, falou de sua fome:
– Vejam, meus amigos, como o político sofre. Saí de casa de manhã só com um ovo. E a estas horas continuo só com um ovo ainda.
– Cadê o outro? – gritou do meio do povo um gaiato.
– Tá no rabo da mãe, seu corno -, respondeu o faminto Zé.
7 – Assis Braz presidia a Câmara Municipal de São José de Piranhas e, numa das sessões, foi interpelado por um vereador da oposição, que levantou uma questão de ordem começando assim:
– Quero dizer a Vossa Excelência…
Assis não o deixou terminar:
– Vossa Excelência é a mãe. Entupa-se!
8 – Durante sua estada em Brasília, o prefeito Chico de Noé passou por uma loja de eletrodoméstico e indagou ao vendedor se tinha tv em preto e branco.
– Aqui, cavalheiro, só temos televisores em cores -, desculpou-se o vendedor.
– Então me embrulha um azul -, mandou o prefeito.
9 – Inconformado com a ordem de um prefeito da Capital, de mandar matar os cachorros que fossem encontrados nas ruas fazendo amor, o deputado José Lacerda Neto protestou:
– Senhor presidente, senhores deputados, aqui estou nesta tribuna do povo para defender a liberdade sexual dos cães, que têm os mesmos direitos dos seres humanos no que diz respeito à fornicação”.
10 – Na cidade de Emas o prefeito mandou projeto à Câmara propondo um convênio a ser firmado entre a Prefeitura e o Incra, para manutenção da Unidade Municipal de Cadastramento.
O líder do Governo municipal começou chamando o órgão de “a Incra”. Um outro vereador o corrigiu, dizendo que o certo era “o Incra”. Criou-se uma discussão entre os dois e aí surgiu um “tertius”, que propôs:
– Acho que, primeiro, deveríamos esclarecer o sexo do órgão para poder, então, votar a matéria”.
11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Edson Vidigal Filho, João Fó, Sales Cordeiro, Raniery Abrantes, Roberto Paulino, Maurílio Batista, Rubão Nóbrega, Zé Alan Abrantes, Ramon Moreira, Pedro Cirne, Dona Beta do restaurante, Maguila de Bananeiras, Carlos César, Edson Werber, Zé Euflávio, Geordie Tampa de Furico Filho, Vavá da Luz, Tavinho Santos, Luiz Humberto, Sebastião Gerbasi e Cícero Lima.
12 – Batista Corró era vereador em Cajazeiras quando Tarcisio Burity tomou posse no Governo do Estado pela primeira vez. Corró, apesar de correligionário, nunca conseguiu decorar direito o nome do governador.
Certa vez, durante uma sessão, apresentou um requerimento de congratulações endereçado ao governador “Tarcísio Boletim”.
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