Porque hoje é sábado

1 – Inicialmente quero informar, a quem interessar possa, que o Sebastião Lucena denunciado pelo Ministério Público por envolvimento nas propinas do Padre Egídio não sou eu. O de lá tem um Nunes antes do Lucena, o de cá, que sou eu, tem um Florentino.

 

2- O de lá se chama Sebastião Nunes de Lucena, o de cá, no caso eu, é registrado no Cartório de Princesa como Sebastião Florentino de Lucena. Em suma, o de cá é tão inexpressivo que nem pra corrupto serve.

 

3 – Faço esses esclarecimentos porque a informação confundiu a cabeça de algumas pessoas, entre as quais amigos diletos que me ligaram confessando o choque sofrido ao verem o nome. Teve até um colega que ligou perguntando se aquele de lá era eu.

 

4 – Deputados se assanham para reabrir a CPI sobre o caso Padre Zé. Acham que agora vai, não aparecerá ninguém com coragem para pôr obstáculos na investigação.

 

5 – E o Padre Egídio calado, mudo, em silêncio, sem dizer um ai, sem botar a boca no trombone. Mas será que vai aguentar o tranco sozinho?

 

6 – Já perceberam o prestígio que o sistema Arapuan tem com o Governo Lula? Todo auxiliar do Governo Federal que aporta na Paraíba vai logo para a Arapuan falar do Governo. Roberto Cavalcanti, dono do Sistema Correio, deve estar adorando. E Eduardo Carlos, do Sistema Cabo Branco, idem.

 

7 – Deram uma maneirada no noticiário sobre a denúncia do Ministério Público no caso do Padre Egídio. O que terá assucedido? Amaciaram os corações gerenciais? Eita mundo misterioso da gota serena!

 

8 – Alguma coisa misteriosa está invadindo o fogareiro dos homens e os levando a introduzir coisas estranhas. Primeiro foi aquele com o objeto de um metro, agora entrou no Trauma outro com um tubo de guardar bombons em festas de aniversário. O de agora tem 30 anos e não esqueceu como botou o dito cujo. Fê-lo na noite anterior acreditando que o intestino o expeliria, não expeliu e o rapaz teve que recorrer aos cuidados hospitalares.

 

9 – A epidemia do silêncio não atingiu os portais Correio e Jornal da Paraíba, faça-se justiça, mas o restante colocou a mordaça, emudeceu, perdeu a língua, ficou mudo e desinformado.

 

10 – Eu não entendo como se cospe no prato que lhe serviu de pasto, mas mesmo não entendendo só forçado a reconhecer que isso acontece. Pessoas que se serviram de um Governo, por exemplo, depois da serventia deitam falação botando defeito naquilo que, antes, merecia os maiores encômios.

 

11 – Mas a hora é de abraçar Glauce Burity, Gerlane Espínola, Teresa Duarte, Marcela Sitônio, Land Seixas, Chico Ferreira, Aninha Sá, Edson Werber, Carlos César Muniz, Peninha,  Cícero Lima, Abraão Beltrão, Geraldo Gereba, Promotor Aluízio, Cristiano Machado, Josinato Gomes e José Cláudio Pontes.

 

12 – Chico Catavento, notável tomador de cachaça, saiu do bar no mercado de Cajazeiras para se aliviar num beco existente nas proximidades.

Estava lá, com o corpo balançando, quando notou, na entrada do beco, uma figura vindo, tombando mais do que ele.

– Quem vem lá? – interpelou.

– Aqui é Juscelino – respondeu o outro.

– Juscelino Kubichek? – quis saber.

– Não. Aqui é Juscelino Kudicana.