Porque hoje é sábado

1 – Tem muita gente da Paraíba em Brasília para ver a vitória de Hugo Motta, mas só gente graúda, de governador pra cima, o povão não vai, sequer foi convidado, não teria como pagar a passagem, muito menos o hotel, também não entraria na festa, não encontraria espaço entre gravatudos e longos vestidos revestidos de fios de ouro e banlangandans.

 

2 – Ao povo resta o consolo de ser lembrando logo ali em 2026 para manter, através do voto, o luxo desses seres iluminados, seres do Olimpo, escolhidos dos deuses para brilhar nos grandes salões, nos restaurantes finos e nos gabinetes atapetados.

 

3 – Os postos de gasolina amanhecem hoje com multicores tabelas ostentando o novo preço do combustível, determinado pelo aumento do ICMS, um imposto do Governo do Estado que, quando aumentado como foi agora, aumenta tudo e quem paga o aumento é o consumidor.

 

4 – O nosso Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Paraíba está comemorando 66 anos de fundação. Sindicato que já viveu histórias lindas, hoje meio esquecido e com seu presidente, Land Seixas, lutando pela vida num leito de hospital.

 

5 – Assembleia Legislativa reabre suas portas nesta terça com uma Sessão Preparatória a partir das 4:30 horas. O governador deve comparecer e ler a sua mensagem de início de ano com prestação de contas dos seus feitos e anúncio de feitos futuros.

 

6 – O artista plástico Bruno Steinbeck está com um olho praticamente cego, sentindo dores horríveis e penando nos postos de saúde de João Pessoa atrás de quem se disponha a operá-lo. É o SUS dando seu show de horrores.

 

7 – Bem lembrado por um leitor: não basta tirar os nomes dos ditadores das ruas, necessário se faz mudar os nomes dos conjuntos habitacionais tipo Geisel, Costa e Silva, Castelo Branco, Medici, Figueiredo e por aí vai. Esse povo fez muita estripulia, mandou torturar, jornalistas sumiram, deputados ainda hoje estão insepultos. As famílias, enlutadas, que “ainda estão aqui”, querem ao menos enterrar seus mortos.

 

8 – Perguntado se assistiu ao filme “Ainda estamos aqui”, o ex-presidente Bolsonaro respondeu com um seco “tenho mais o que fazer”. E tem? Pensei que estava desfrutando o ócio dos aposentados.

 

9 – O verde toma conta do interior. Pelas beiradas das estradas as lagoas e pequenos açudes estão cheios. A chuva mudou a paisagem, até bem pouco seca e devastada, hoje colorida e encantada pelo cantar dos passarinhos e pelo sorriso do agricultor, feliz pela safra que se anuncia.

 

10 – Tadeu Florencio avisando que vai sozinho para o cuscuz do Zé Américo. Não lhe farei companhia hoje, viajei, semana que vem a gente vê, Gerbasi quer uma reunião na feira da Torre, quem sabe…

 

11 – E lá se vão meus abraços sabadais para Geordie Tampa de Furico Filho, Fred Menezes, Zé Duarte Lima,Mário Gomes Filho, Herbert Fitipaldi, Diego Lima, Cristiano Machado, Vavá da Luz, Romualdo dos Correios, Coimbra Maia, Zé Coimbra Estima, Luiz Carlos de A União, Giovani Meireles, Hildeberto Barbosa, Alarico Correia Neto, Alexandre Moca, Bete Menezes, Jorge Rezende, Radomécio Leite, Aldo Schuler, Anchieta Maia, Antonio Radical, Assis Mangueira, Carlos Batinga, Carmélio Reinaldo, Fernando Caldeira, Chico Noronha, Dado Belo e Kelson Chaves.

 

12 – O desembargador Simeão Cananéa era um grande apreciador da aguardente Rainha desde quando foi juiz na Comarca de Bananeiras. Saiu de lá mas continuou fiel à famosa cachaça, sendo abastecido constantemente pelo seu fabricante, Mozart Bezerra.

Certa feita Ramalho Leite encontrou-se com o ilustre magistrado e se referiu à cachaça Serra Limpa, agora “muito famosa e melhor do que a Rainha”, fez a contrapropaganda. Ele já tinha provado a branquinha e concordou com seu conceito, mas, preveniu:

– Eu gosto da Serra Limpa, mas não faço propaganda disso… senão Mozart deixa de me mandar a Rainha…”