Porque hoje é sábado

1 – Amanhã é domingo, dia de aumento do gás de cozinha. A Petrobrás agora aumenta o gás no domingo, dia do almoço em família, da visita do filho ausente à mãe abandonada, da galinha com feijão verde para quem pode comprar e da cachacinha com churrasco assado na churrasqueira a gás comprada a prestação na loja de João França.

2 – Mas o mito está certo. Ele não precisa de gás para comer. O mito come em Nova Yorque o almoço patrocinado pelo Banco do Brasil, que usa o dinheiro dos fãs do mito para arcar com a despesa e os fás do mito, pagando o gás mais caro, ainda ficam sorrindo e achando bom .

3 – Ontem minha vizinha estava feliz. Finalmente conseguiu fazer uma feira completa. Comprou duas cebolas, três tomates, cinco talos de coentro e uma quarta de galinha. Mais afoito, meu amigo Flávio Cabeleireiro conseguiu comprar 300 gramas de carne com osso para comer seis refeições.

4 – O tempo da fartura voltou com gosto de gás (ôpa!). Está “fartando” tudo, desde o dinheiro no bolso ao atrevimento de sair de casa nos finais de semana para comer com a família no restaurante de Chicão. Agora temos que suportar a lei do menor esforço: comer fora, só se for no quintal.

5 – Dia 19, os irmãos Lucena vão se encontrar para falar da vida alheia. O mano Edmilson disponibilizou a vasta área de lazer da sua vivenda nos Bancários e a farra, que começará pelas 10 horas, não terá hora para terminar. Até Miguezim vem de Brasília para o time ficar completo.

6 – O ministro Araújo comparou Bolsonaro a Jesus Cristo. Para ficar mais parecido, carece ele deixar a barba e o cabelo crescerem e vestir o manto. Mas precisa tomar cuidado com o Judas e os trinta dinheiros que fatalmente o levarão à cruz.

7 – Vendo Maria Bonita dizer que sofre ameaças de morte, lembrei daquele personagem lá de Princesa que numa noite escura se disse vítima de vários tiros de revólver. A cidade toda ouviu os tiros, uma carga inteira, seis disparos um atrás do outro. Uma multidão se formou na frente da casa da inditosa vítima, que de repente saiu à rua com a camisa aberta e em cada banda da camisa três perfurações de 38, três de um lado, três do outro e na titela nada.

8 – E quem haveria, por outro lado, de querer matar Damaris. Seria o bicho da goiabeira?E se fosse, atacaria preferencialmente o olho da goiaba? São dúvidas atrozes que me assomam o peito e me tiram o sono, deixando-me à beira de comer uma goiaba inteira.

9 – Meu amigo Fred Menezes, eficiente secretário de comunicação da Prefeitura de Monteiro, ex-vereador, filho do ex-prefeito Jorge Rafael Menezes, figura centrada, equilibrada, gente fina e grau 10, arregimentando a tropa para organizar o lançamento do meu livro em Monteiro ainda neste primeiro semestre.

10 – Amanda Rodrigues, que deixou ontem a Secretaria de Finanças do Governo do Estado, fez um belo trabalho. Garantiu, por exemplo, metade do décimo terceiro dos funcionários na conta do Governo do Estado. Que será paga agora em junho, para o servidor comer a canjica do São João.

11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Marco Antonio Gouveia de Morais, Maurilio Batista, Marcus Odilon Ribeiro Coutinho, Gilberto Carneiro da Gama, Herbert Fitipaldi,Mario Gomes Filho, Vavá da Luz, Geordie Filho, Rubens Nóbrega, Agnaldo Almeida, Frutuoso Chaves, Aldo Lopes de Araújo, Luciano Arroz, Marcos Maivado Marinho, Ricardo Coutinho, Severino Ramalho Leite, Ricardo Pereira do Nascimento, Francisco Ferreira, Miguel e Edmilson Lucena.

12 – Esse sobe e desce do preço da gasolina me faz lembrar aquele caso em que o combustível foi usado como anticoncepcional numa cadelinha de madame.

A cadelinha, linda e fofa, corria o risco de ser bolinada pelos inúmeros vira-latas que abundavam a rua para a qual a tal madame acabara de se mudar e, preocupada com uma possível relação da sua cachorra de elite com aquela pobreza canina, foi aconselhada a passar, todo santo dia, um chumaço de algodão embebido com gasolina no chibiu da cachorra, ciente de que o cheiro do produto impediria os vira-latas de sentirem o perfume decorrente do cio de sua amada “fofinha”.

E até que funcionou.

Um dia, porém, o caseiro esqueceu de fazer a operação de passar a gasolina nas partes íntimas da cachorra e quando a madame deu pela falta dela, foi alertada pelos ganidos e uivos que vinham da rua. Correu para a porta e viu a cachorrada em procissão acompanhando a sua frágil donzela, que por seu turno era arrastada por um cão preto, de porte médio, meio pelado.

-Deus!!! Que foi que aconteceu?! -, gritou a madame, com as mãos no rosto, mal contendo as lágrimas.

O vizinho, passador de jogo de bicho, prestou-se logo a informar:

-É a “fofinha” que está sendo rebocada, por falta gasolina.