Por: Aldo Ribeiro – Economista e progressista
Num desses dias da semana, na correria do dia-a-dia, entro no carro, ligo o rádio, e me deparo com o programa eleitoral gratuito. Exatamente no momento em que o atual governador elogia o candidato Cícero Lucena, acena com uma parceria entre governo e prefeitura, e o alça como o mais preparado para os desafios da cidade no pós-pandemia.
Quando escuto aquilo, me vem à cabeça as eleições de 2018. Dos textos e mais textos que escrevi, tarde da noite, aqui neste mesmo espaço. Das conversas e mais conversas de pé de ouvido com a família, amigos, conhecidos e pessoas que nunca tinha visto até então, pra convencê-los de que o “anônimo” João Azevedo, era o melhor nome pra capitanear essa máquina chamada Paraíba. Tudo isso em nome de um projeto. Da continuidade de algo que vinha revolucionando o modo de fazer política no estado. Política pra inclusão. Política pra desenvolvimento. Pra dar voz e vez ao povo tão castigado ao longo da história.
Eis que o mundo gira, e agora temos um governador apoiando um ex-tucano do clã Cunha Lima, e agora filiado ao PP do clã Ribeiro, de Aguinaldo e Cia. Clãs historicamente oligárquicos e fisiologistas. Ou você acha que o PP (centrão), tem algum compromisso com políticas públicas voltadas para o cidadão comum? Basta dizer que essas famílias, tem um punhado de gente na política. Vivem da política. Filhos, sobrinhos, irmãos, primos, pais e por aí vai. Pior: o governo do estado constrange e assedia descaradamente, prestadores de serviço pra que “engulam” o seu candidato, segundo noticiários e do “disse me disse” das mesas de bar. De gente que está lá dentro. Há pouco tempo atrás, isso era impensável.
O difícil disso tudo, é saber como o governador justifica tamanha confiança no seu candidato. Primeiro pela sua incoerência, já que o mesmo foi eleito por quem discorda frontalmente do que representa Cícero Lucena, politicamente falando. Segundo, pela sua escolha meramente fisiológica ou talvez revanchista, colocando seu projeto de poder acima do projeto de continuidade e transformação pelo qual passava esse estado. Cairá do cavalo. Hipoteticamente, uma vez eleito seu candidato, será engolido pelo PP paraibano, e ficará no vácuo da história.
Aí me vem novamente as recorrentes, mas necessárias perguntas, as quais repasso para o atual governador: quais as obras e políticas públicas relevantes, que Cícero Lucena fez durante seus 8 anos de prefeito da capital, que faça valer seu empenho em elegê-lo? Porque devo acreditar, que se caso eleito, ele irá fazer o que não fez enquanto esteve lá? Em nome de quê o senhor juntou-se a esses grupos?
Talvez Cícero vá pra o 2º turno. É possível, embora eu tenha cá minhas dúvidas. Mas até as palmeiras do Parque Solon de Lucena, sabem que ele chegou no seu limite. Ali entre 20 e 25%, e não mais que isso. É por isso que reitero: a missão dos grandes veículos de comunicação junto com seus aliados, leia-se governo do estado, é impedir que Ricardo Coutinho vá pra o segundo turno.
Não me faltam motivos pra acreditar: “Eu tenho fé na força do silêncio”.
11 Comentários
Traidor, não teria meu voto nem que fosse em um parente distante. Detesto pessoas ingratas.
Cuidado que você poderá ser traído pela “força do silêncio” !!!
Não existe o menor respeito dos políticos com o povo. Estamos assistindo o jornal, no intervalo novamente propaganda política, eu desligo, quem assiste ouve novamente as mentiras que são repetidas diariamente
Esse foi o judas numero 1 de ricardo, tem mais onze q sentaram ao seu lado na mesa.
JOÃO AZEVEDO MAIS DO QUE NINGUÉM
DEVE SABER QUE O CÍCERO LUCENA NÃO FEZ OBRA SIGNIFICATIVA PARA JOÃO PESSOA, DURANTE OS 8 ANOS COMO GESTOR.
JOÃO AZEVEDO ERA ENGENHEIRO DA SEJNFRA, NÃO?
Sabe quantas vezes Cícero confia no governador, nenhuma. Do jeito que ele fez com Ricardo que colocou ele mas alturas conhecido por toda paraiba, faz com Cícero basta Cícero ficar fraco das pernas
João nunca foi político. João é um técnico. João não pediu para ser governador. João estava quieto no canto dele. Fizeram de João um governador. Pensavam que iam mandar no governo. Então quem manda é João. João não é poste. João é o Governador da PB. Podem chorar, espernear, gritar, uivar, urrar e até peidar. E o resto é conversa para boi dormir.
Esse já está na história como o maior traidor que já existiu neste estado. Tá marcado pra eternidade como apenas isso.
Por que os srs. jornalistss que pedem a cabeça do Luiz Couto, não pedem a renúncia da vice-governadora já que ela e a familia estão apoiando outra chapa?
Se Cícero ganhasse as eleições, isso é pouco provável, (ele só ganha pesquisa), o calvário de Azevedo, vai ser Aguinaldo candidatíssimo ao governo do estado em 2022, (com a prefeitura de João Pessoa e Campina), se Ricardo ganhar, pelo menos Azevedo, não teria um concorrente direto em 2022, RC só sairia candidato em 2024, ele não trairia o povo pessoense, saindo candidato com menos de 2 anos na prefeitura, como fez Dória em São Paulo. E digo mais, meu voto não é secreto, eu voto 40.
Traição é coisa séria, essa turma do deputado Aguinaldo Ribeiro do partido PP é que manda no plano de saúde dos funcionários federais, vai ver a lastima em que está o plano com aumento e mais aumento sem que os funcionários tenha nada de reajuste salarial, ai as pessoas ainda vota num cidadão desse.