Prefeita não executa planejamento de mobilidade urbana em Jacumã e o caos revive anos anteriores; na saúde, posto continua sucateado  

 

 

MARCOS MAIVADO MARINHO 

Turistas que estiveram nesse feriadão de Carnaval em Jacumã se depararam com um quadro totalmente diferente daquele que é publicizado pela atual gestão da prefeita Karla Pimentel (PROS), que apesar de estar na Chefia do Governo há 47 dias ainda não conseguiu imprimir um norte às suas ações, evidenciando que o poder de mando na administração está excessivamente pulverizado e quem menos decide é ela, a eleita pelo voto.

Um dos maiores problemas aconteceu no plano da mobilidade urbana, com os sucessivos engarrafamentos de veículos na rua Ilza Ribeiro, principal via do Distrito, onde o planejamento anunciado pela prefeita sequer saiu do papel, mantendo-se dessa forma o caos de anos anteriores.

Segundo Karla a Ilza Ribeiro passaria a funcionar em mão única sentido praia-João Pessoa durante todos os dias desde o posto de gasolina na saída para o maceiozinho até a entrada para a vila dos pescadores. Quem trafegasse no sentido João Pessoa- praias faria o sentido inverso (vila dos pescadores até o posto de gasolina).

Sem explicações, o planejamento não foi executado e a especulação é de que houve pressão forte dos comerciantes, em especial os donos dos quatro supermercados ali localizados, que obviamente perderiam fregueses já que na chegada ninguém poderia passar por eles.

NA SAÚDE

A área da Saúde, que tem merecido da nova gestão um “olhar diferente”, como informam as peças publicitárias de Karla, continua um desastre, embora no Distrito de Jacumã o posto de saúde central, que foi irresponsavelmente fechado na gestão Márcia Lucena, tenha sido reaberto e neste feriado funcionou 24 horas por dia.

Com um atendimento sofrível, profissionais sonolentos e indispostos, o infeliz do turista que precisou dos serviços teve que se submeter ao total desconforto das instalações, que mereciam ter recebido uma cuidadosa revisão.

A PALAVRA recebeu várias fotografias do posto de Jacumã e em uma delas a paciente toma soro numa cama de colchão velho e rasgado, com pés enferrujados e pedras fazendo calço para que não caia.

Lá, todos os equipamentos estão sucateados, a exigir uma imediata ação da prefeita substituindo o que é imprestável, até para dar dignidade humana aos doentes que buscam o equipamento.

POLUIÇÃO SONORA

A exceção ficou com a Guarda Municipal, que trabalhou de forma planejada e coordenada para trazer a sensação de paz e tranquilidade que a população exige.

Segundo relatório hoje divulgado, foram mais de 238 ocorrências atendidas nos últimos seis dias da semana, com destaque para a recuperação de um carro tomado de assalto na cidade de Santa Rita, a recuperação de um celular furtado de um turista, a prisão em flagrante de um condutor que dirigia embriagado, a apreensão de um indivíduo com objetos furtados, e por encontrar um idoso que se encontrava perdido de seu seio familiar.

Os acidentes de trânsito sem vítimas fatais foram atendidos pela Guarda até o domingo (14), mas foi a poluição sonora que resultou em mais chamados, 75% de toda demanda da Corporação. Em relação a semana anterior houve um aumento de chamados por abuso de som de 350%.

A Guarda está integrada à Polícia Militar e aos Bombeiros na Operação Verão. O objetivo é trazer para a comunidade e os turistas uma maior sensação de segurança evitando acidentes de trânsito, roubos, furtos, perturbação do sossego e qualquer outro tipo de crime.

A Guarda Municipal reforça a responsabilidade com a comunidade, estando a disposição para ajudar em qualquer situação no atendimento via telefone da Guarda Municipal, pelo 153 ou 3298-1048. Os guardas recebem solicitações tanto de caráter preventivo como repressivo.