Presidente quer proibir o povo de cagar

O amigo já ficou empanzinado alguma vez? Não tem coisa pior. O pé da barriga incha e dói, forma-se aquele bolo grosso na tripa gaiteira, o tolete teima em não sair, o suor gelado desce pela testa e o sujeito, por mais força que faça, não consegue expelir o famigerado.

E quando, finalmente, acontece o pipoco, é bem capaz da tampa do cu ir junto com o estampido.

A ciência ensina que o intestino sadio é aquele que permite a evaquação diária.

Quem não o faz todo dia, chora sem sentir dor, tem agonia do parto sem estar esperando menino e perde o gosto pela vida.

Lá na minha terra se dizia que pobre só tem três alegrias na vida: Quando dá umazinha com a consorte, quando come um prato de feijão com carne seca e quando caga.

Pois o presidente Bolsonaro quer acabar com essa alegria.

Defendeu hoje a tese da cagada alternativa, aquela que deverá acontecer dia sim, dia não, dizendoque é para preservar o meio ambiente.

Se bem que, a continuar na pisada que vai, o brasileiro vai atendê-lo de forma até mais ampla.

Vai deixar simplesmente de fazer cocô.

Por absoluta falta de bosta.

Até lembrei daquele versinho que meu conterrâneo Zu de Vitalina fez ao sair de Petrolina, onde passou duas semanas de fome:

Petrolina, Petrolina,

Nunca mais em venho em tu

Cheguei com muito dinheiro

Cheguei vestido, estou nu

Criei ferrugem nos dentes

E teia de aranha no cu.