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Quando é chegada a hora de ensarilhar as armas

10 de novembro de 2020

Nós que fazemos imprensa estamos pisando em ovos nesses dias que antecedem as eleições.

Por qualquer descuido, paga-se uma multa. E não é multa pequena.

Claro que muitos merecem a canetada.

São aqueles que não têm limites, que agridem por agredir e, na maioria das vezes, estão a serviço de outros interesses.

Eu prego cautela aos que escrevem bem intencionados e mesmo assim poderão ser alvo de algum julgamento .

Longe de mim dar lição a ninguém.

Eu tenho errado feio nos últimos tempos.

E tenho arcado com “os ossos do orifício” por causa desses erros.

Mas tenho me policiado.

Tenho bebido o caldo de cautela que outros, quando chegaram no meu estágio de vida, beberam.

Agora entendo porque Biu Ramos aposentou a caneta quando ainda tinha muita tinta para gastar.

E estou entendendo a aposentadoria precoce de Rubens Nóbrega.

A partir da próxima segunda, “haja o que hajar”, também pretendo ensarilhar as armas.

Vou escrever meus livros, fazer crônicas sobre doces e perfumes e aproveitar a velhice.

E que os mais novos assumam as trincheiras da guerra.

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