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Quanto mais mexe, mais fede: Ministra do STF orientou Jungmann para não cumprir decisão judicial que tirava Lula da cadeia

4 de março de 2021

Novos diálogos mostram a operação de guerra travada pela Lava Jato para não deixar Lula sair da prisão após decisão do desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em julho de 2018.

Favreto trabalhava como plantonista e acatou pedido de habeas corpus apresentado pelos deputados petistas Wadih Damous (RJ), Paulo Pimenta (RS) e Paulo Teixeira (SP).

A decisão durou poucas horas.

Após instâncias de Moro e de outros personagens sobre Rogério Galloro, diretor-geral da Polícia Federal, o presidente do tribunal, Thompson Flores, interveio e determinou que Lula continuasse detido.

Nas conversas que vêm a público agora, Deltan Dallagnol, chefe da Lava Jato na época, aparece articulando com os membros da “força-tarefa” para que a decisão de Favretto não fosse levada a cabo.

“O moro tem que ficar resguardado” e por isso “não pode ser imputado abuso algum”, diz Januário Paludo.

Deltan liga para Thompson, que mandou, por telefone, Galloro descumprir a ordem de Favretto. Dallagnol comemora: “É teeeeetraaaa”

Também aparece com destaque a ministra Cármen Lúcia, do STF, como tendo telefonado para Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública.‌

“Carmem Lúcia ligou pra Jungman e mandou não cumprir e teria falado tb com Thompson”, afirma Dallagnol.

“Cenário tá bom”.

Mais adiante, o procurador Antônio Carlos Welter comenta: “Se a Carmen resolver, melhor”.

Eles se autocongratulam após conseguir que o ex-presidente não fosse libertado.

“Parabéns pelo trabalho de todos, hoje foi de lascar. Só espero que já tenha acabado”, diz Welter.

Deltan faz piada: “Rapaz hoje envelheci uns 10 anos”.

Os diálogos, apresentados pela defesa de Lula ao Supremo, foram extraídos de mensagens obtidas por meio da Operação Spoofing.

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3 Comentários

  • Reply Delfos 4 de março de 2021 at 16:39

    Em destaque também no dia de
    hoje:

    1. Dallagnol teria orientado copia/cola
    da juiza substuta da 13a Vara

    2. Dallagnol articulou a ação que
    resultou nas buscas e apreensões
    nos escritórios de 30 advogados,
    determinada pelo juiz da 7a Vara,
    do RJ.

    A pergunta que não quer calar é:

    Onde mais chegaram os tentáculos
    do polvo?

  • Reply Zé Bedeu 4 de março de 2021 at 21:32

    Negócio desmantelado

  • Reply BRENDA NUJIARA SILVA 5 de março de 2021 at 12:22

    ATÉ AGORA, TUDO CERTO.

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