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Que Deus nos ajude

11 de março de 2020

Quando começou a revolução de 64 eu tinha 13 anos. Vivia no sertão e era inteiramente desligado dos acontecimentos nacionais, que chegavam até nós pelo Repórter Esso do rádio de Valdemar Abrantes, porém com as versões permitidas pelo proclamados vencedores.

Todos se ufanavam do país sob a égide dos generais.

Garrastazu Medici, por exemplo, era tido como o bom velhinho que adorava futebol e assistia as partidas com um radinho de pilha encostado no ouvido. Padrinho de Dario Peito de Aço, forçou a convocação dele para a Copa de 70 e lá em Princesa todo mundo gostou.

Nós, de lá, só começamos a conhecer o outro lado com a chegada de Paulo Mariano. E assim mesmo um outro lado cheio de assombração, representado por aquele sujeito cabeludo, barbudo e misterioso.

Somente anos depois, com os pés pisando o asfalto da cidade grande e a mente arejada por leituras e depoimentos dos que sofreram na pele a dureza das torturas, pude avaliar o quanto foi ruim o período em que presidentes e governadores eram nomeados pelos chamados colégios eleitorais.

Terminou o tempo ruim, chegou o tempo da bonança. O primeiro presidente eleito depois da ditadura não foi lá essas coisas. Despreparado, vaidoso e desonesto, foi tirado do cargo. Assumiu um vice tido e havido como irresponsável, mas foi esse irresponsável, namorador e abusado que botou o país nos eixos. Itamar Franco inaugurou o tempo bom da vida boa para o povo. Fernando Henrique deu continuidade a ele e Lula consagrou a democracia. Depois veio Dilma, que fez um bom primeiro mandato e um segundo mandato ruim, tão ruim que lhe custou a faixa presidencial, tomada e colocada nos peitos de um sujeito que a história há de julgar e condenar.

Agora temos um presidente de extrema direita. Um homem que odeia, que prega o ódio, que discrimina pobre, preto, gay e nordestino. Um presidente que se desmente à cada bobagem dita e que permite a intromissão indevida de filhos e parentes nas coisas do Governo. Um presidente cercado de militares, com cara de golpista e que demonstra não respeitar as instituições. Um presidente que apoia um ato público contra o Congresso Nacional e contra o Judiciário. Um presidente que tem tudo para repetir 64.

Que Deus nos ajude.

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5 Comentários

  • Reply Cavalcanti 11 de março de 2020 at 21:28

    Com toda certeza ele está louco para dá o golpe, vive colocando nas nuvens Ustra um indivíduo considerado um maior torturador do Brasil, adepto de Pinochet e com certeza admirador de Hitler, basta olhar para o cabelo idêntico ao do ditador só falta o bigodinho

    • Reply JOSÉ PAULO 12 de março de 2020 at 08:06

      Vocês, esquerdistas, comunistas, cegos ainda não se conformaram que o Brasil está mudando para melhor. A população está satisfeita e confiante num Presidente nacionalista e decente. Vocês queriam continuar com a anarquia, a bagunça e a roubalheira. Tenham vergonha na cara. Viva Bolsonaro, Moro, Paulo Guedes e todos os componentes desse maravilhoso governo que estão aí para moralisar essa nação espoliada e depedrada por essa esquerda maldita e esses petralhas nojentos. Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.

  • Reply José J.R. de P. Freire 12 de março de 2020 at 08:35

    Estamos lascados, e os fanáticos religiosos principalmente os jovens estão indo na onda…

  • Reply Alexandre 12 de março de 2020 at 17:02

    Deus vai nos ajudar!!!! Com certeza vai nos ajudar junto com o povo a fechar esse Congresso e esse STF, e o Brasil se verá livre desses dois cacarecos que nada acrescentam, só fazem atrapalhar. Deus quer tanto que isso ocorra, que determinou que as datas e os dias desse março de 2020 fossem iguais a março se 64, pode conferir!!!! No dia 15 de março próximo os brasileiros e brasileiras trabalhadores, de bem e de família estarão nas rua mostrando toda sua indignação!!!! PÁTRIA AMADA BRASIL!!!!!!!

  • Reply Danilo Miranda 14 de março de 2020 at 08:15

    Ei bonitão não foi revolução foi golpe militar.
    E sobre o Presidento concordo em número, gênero e grau.
    Pra terminar só queria dizer que política é religião juntas são uma mistura perigosa.

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