Que fale pela boca do anjo o secretário, quando anuncia queda no número de mortes a partir deste mês de abril.
Embora eu, igual a São Tomé, só acredite vendo.
Não pela falta de credibilidade do secretário, que passei a admirar, e muito, durante a pandemia.
Fico ateu diante do que ele diz por causa dos exemplos da população.
Ando de vez em quando pela rua e vejo o povo usando a máscara na ponta do queixo, debaixo da papada, com medo da papeira descer.
As aglomerações continuam.
Hoje eu vi a foto daquela autoridade que advoga o distanciamento. A autoridade está aglomerada, tem ao seu redor um monte de gente, enquanto ela, a autoridade, degusta o seu cuscuz com carne de bode.
Esses exemplos são o oposto da boa notícia dada por Geraldo Medeiros.
Mas se ele diz, deve ter panos pras mangas pra dizer.
E eu só posso afirmar que ele está errado quando chegar a data limite da boa nova e a boa nova não acontecer.
Torço para que aconteça.
E como torço!
Deus tá vendo.
4 Comentários
Amém .
Caro jornalista Tião Lucena, nesta pandemia, de tudo aquilo que tenho visto e ouvido, salta-me apenas uma certeza – que não é uma evidência científica, mas matemática (ou estatística, se preferir…): o número de mortes obedece a uma distribuição aleatória que revela uma aparente contradição, a depender da amostra e população. Senão vejamos. Tomemos como base os dados totais divulgados em primeiro de abril (ontem) para a Paraíba, João Pessoa e Campina Grande, levando-se em consideração, “vis a vis”, população estimada desses entes ou o número de pessoas infectadas. No primeiro caso: Paraíba, 0,14% vieram a óbito (5.791 mortes para uma população estimada de 4.018.127 pessoas); João Pessoa, 0,24% faleceram (1.968 mortes para uma população estimada de 817.511 pessoas); Campina Grande, 0,16% de pessoas perderam a vida (675 mortes para uma população estimada de 411.807 habitantes). Para a segunda hipótese: Paraíba, 2,22% vieram a óbito (de 260.484 pessoas que adquiriram a doença); João Pessoa, 2,79% faleceram (de 70.505 de pessoas infectadas); Campina Grande, 2,83% perderam a vida para a covid (de 23.800 pessoas atingidas pelo vírus). Constata-se, à luz desses números, que, proporcionalmente, em João Pessoa (0,24) o percentual de infectados é superior ao de Campina Grande (0,16), mas a quantidade de pessoas falecidas, na proporção daquelas infectadas, Campina Grande (2,83) supera João Pessoa (2,79). CONCLUSÃO: a população de João Pessoa se expõe mais ao vírus, todavia, o tratamento é mais eficiente. Ou seja, o número de pessoas infectadas tem que diminuir, e muito. Simples assim, como diria João Costa! Do contrário a previsão do secretário não se confirmará!
Caro Tião, faço minhas suas palavras, mas quero acreditar que o secretário esteja certo. Falo isso baseado em matérias vistas aqui no seu blog em que o secretário projetava dias tenebrosos. Torçamos que ele esteja certo novamente.
O secretário é um otimista.
Mas nem sempre um otimista
é um realista.
Daqui a 10 ou 20 dias saberemos
o resultado.