Gostei da entrevista de Marcelo Queiroga. Respondeu a todas as perguntas com segurança, elegância e muita educação, o que destoa do figurino predominante no atual Governo, onde a grosseria e as agressões são o principal prato do cardápio.
Mostrou que conhece os labirintos da saúde, do Ministério e da política, deixou os jornalistas felizes e satisfeitos e impôs um tom de voz que impressionou a maioria dos perguntadores.
Lembrei de Mandeta, o ministro/profeta que foi botado pra fora porque, de tanto se projetar, deixou o capitão Bolsonaro enciumado. Ele só não, a turma toda, o gado inteiro. Cansei de ouvir pessoas da Paraíba darem graças a Deus pela queda do ministro. Hoje vemos que ele estava certo e que se continuasse naquele ritmo não estaríamos amargando a terrível realidade de conviver com mais de 300 mil defuntos, sem contar os da fila, sempre crescente.
O medo que faz é Marcelo, com aquele jeito de diplomata, com aquela voz de galã, com o discurso afiado e fazendo a intransigente defesa da ciência sobre o charlatanismo, começar a incomodar o capitão e este fazer com ele o que fez com Mandeta.
Porque já disse e redigo: O presidente Bolsonaro só gosta dele, dos filhos e da esposa. Fora esses, ele suporta o que tem de suportar e o resto chuta na bunda sem sentir remorso.
Mas vamos torcer. Marcelo merece a nossa torcida.
1 Comentário
Ele não chega a comer a canjica do são João.
Bozo não gosta de sombra.