Fico besta ao ver gente, em pleno século 21, acreditar que apoio de prefeito elege governador.
Elege não. Nunca elegeu.
Se apoio de prefeito elegesse governador, Marcondes Gadelha teria realizado o sonho de governar a Paraíba.
Em 86 ele era apoiado por todos os prefeitos da Paraíba.
Wilson Braga, poderoso, inventariou o Estado para eleger Marcondes.
Assinava atos de nomeação em mesas de bares, na coxa, dentro do carro, no escambau.
Bastava aderir para ganhar um emprego, um adjutório, uma recompensa.
Até um potente helicóptero foi posto à disposição de Gadelha para ele visitar o Estado.
Era a opulência em pessoa.
E no final deu Burity. Com 300 mil votos de maioria.
Em 90 Ronaldo começou sozinho.
Os prefeitos estavam com Wilson Braga.
Até o Governo de Burity, que não gostava de Wilson Braga, não o apoiou, lançou João Agripino para não ter que votar num dos dois.
Ronaldo esteve em Princesa e só não ficou no meio da rua porque o então vereador George Carvalho se prontificou a ciceroneá-lo.
No dia da eleição, no entanto, Braga não ganhou no primeiro turno como previa. E no segundo, deu Ronaldo.
E em 2014, na reeleição de Ricardo Coutinho, os prefeitos correram para os braços de Cássio Cunha Lima, que se apresentava como o eleito no primeiro turno.
O povo não concordou com essa teoria e deu a vitória a Ricardo.
O prefeito tem o voto dele. E as vezes só o dele mesmo, porque em muitos casos nem a mulher o acompanha.
É bom a turma do entusiasmo se lembrar disso.
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