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Rede de Apoio as Prostitutas arrecada meio milhão para ajudar as raparigas na pandemia

30 de dezembro de 2020

Profissionais do sexo estão entre as categorias que tiveram redução de renda durante a pandemia, diante das recomendações de isolamento social. A Central Única de Trabalhadoras e Trabalhadores Sexuais (CUTS) mobilizou empresários, ONGs e voluntários em 9 estados brasileiros e até na Europa para garantir alimentação e proteção a esse público majoritariamente feminino.

 

A central reúne nove associações e dois coletivos representantes dessas profissionais. Desde março, quando iniciaram-se as restrições referentes ao coronavírus no Brasil, eles organizaram lives, campanhas em redes sociais, vaquinhas e buscaram auxílio fora do Brasil. O resultado da mobilização foram cerca de R$ 500 mil que passaram pela conta da CUTS e foram destinados a essas mulheres e suas famílias. A maior parte do recurso foi doada em euros pela RedTrasex, uma associação internacional de apoio a trabalhadoras do sexo à qual a CUTS é filiada.

“Na primeira onda a gente conseguiu tirar essas mulheres da rua, garantir cesta básica, pagar água, luz e fornecer outras doações como roupas e calçados para elas e seus filhos. Agora, a situação está ficando cada vez mais difícil, então iniciamos uma redução de danos”, explica Célia Gomes, presidente da CUTS e da Associação de Prostitutas do Estado do Piauí, que tem 800 mulheres cadastradas.

A CUTS completou cinco anos de existência neste mês. Nasceu da necessidade de fazer com que as demandas dessas pessoas sejam ouvidas. “Somos uma central que começou no Nordeste e hoje abraça quase todas as regiões do Brasil. Estamos em constante diálogo para que ninguém solte a mão de ninguém, pois travamos brigas diversas contra uma sociedade e governos preconceituosos”, afirma Célia.

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