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Responda, prefeito!

25 de janeiro de 2020

Os Irerês não são coisas nascidas agora. Vêm de longe. Desde os tempos da velha Lagoa cheia de lama.

Mas isso não importa. O que importa é perguntar ao amigo leitor se ele acha normal alguém entrar na sua casa, usar o banheiro, dar a descarga, beber água no pote, comer um pedaço da galinha que cozinha no tempero e disso você não tomar conhecimento?

Que dono de casa é você, que é o último a saber?

Essa pergunta eu não respondo. Quem tem a obrigação de responder é o prefeito Luciano Cartaxo.

O senhor não sabia que seu secretário Cássio estava fuçando na lama da Lagoa e nela enterrando milhões de reais?

Que dono de casa é o senhor que não vê o que acontece nas dependências da sua vivenda?

Ou, melhor perguntando, que mágica o senhor usa para convencer o MPF da sua divindade angelical?

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1 Comentário

  • Reply Sdverino A Santos 26 de janeiro de 2020 at 06:29

    Caro jornalista e advogado, Tião Lucena, bom dia para o senhor e seus leitores. Minha manifestação agora não tem pertinência com o caso que o nobre jornalista expõe, mas, como se trata de ação em local de acumulação e distribuição de águas, esforcei-me em comentar sobre as ações da nossa prefeitura na orla do Cabo Branco, no trecho que se inicia na Praça de Iemanjá até a Falésia do Cabo Branco, que, segundo se propaga, custará cerca de 85 milhões de reais: DRENAGEM PLUVIAL, onde o lançamento das águas coletadas é feito diretamente sobre a praia, aumentando, e muito, a entropia local (é o que menos se quer em trecho de praia refletiva. Em situações tais, as águas devem ser lançadas na praia, dissipativamente. E lá temos cota para tal nuto, mas resolveram lançá-las, como disse, diretamente sobre o sedimento. UM ABSURDO!); ENROCAMENTO DE PEDRAS sem confinamento, também em um trecho com altas energias e bastante vulnerável aos eventos extremos climáticos; QUEBRA-MAR SUBMERSO, segundo afirmam os técnicos da edilidade, para corrigir aberturas nos arrecifes (naturais) que existem lá há centenas ou milhares de anos, cujo único efeito prático é na difração das ondas do mar, e mais nada. Os demais não são significativos.); ALIMENTAÇÃO PRAIAL, ou seja, colocação de areia na praia, em um trecho complicado, não apenas do ponto de vista morfológico, mas, sobretudo, sob a álea hidrodinâmica, em razão das ondas, marés, correntes e também dos ventos. É uma intervenção, no mínimo duvidosa, aos olhos da engenharia, porque não é tecnicamente eficiente. Quando a coisa começar a degringolar, lá pra frente, não queira a nossa geração futura dizer que foi FALHA DA ENGENHARIA, porque o caso é de FALTA DE ENGENHARIA. Além do mais, inobstante uma pequena recuperação econômica, com viés de evolução positiva, ainda estamos vivendo uma crise fiscal muito forte, o que depõe cotra gastos nababescos, sem efetividade comprovada. Segundo Dieter Muehe, um dos mais ilustres geógrafos deste país, que dispensa apresentação, o único cuidado que se deve ter em relação ao mar, quando se deseja construir obras de defesa costeira, é que”[…] os dados sejam obtidos em monitoramento contínuo […]” obtidos durante décadas. Não é o caso. As informações, nesse caso da Falésia do Cabo Branco, são precárias. Não há notícia de monitoramento contínuo de longo alcance. Os dados utilizados pela Prefeitura de João Pessoa não são confiáveis, por conseguinte! Dizer, também, que a Prefeitura de João Pessoa ainda não tornou pública a metodologia de fiscalização dessas complexas obras, o que pode ensejar, em um futuro não muito distante (eleições 2020 e 2022), questionamentos técnicos, ou até mesmo jurídicos, por falta de transparência. Por fim, por se tratar de um tema assaz complexo e controvertido, pois está ligado às mudanças na circulação geral da atmosfera, que pautam a elevação ou rebaixamento do nível médio global do mar, e, assim, a morfologia costeira, dissertei sobre essa intervenção da Prefeitura de João Pessoa, onde procurei demonstrar a inoportunidade e a inadequação de tais obras, por várias e várias razões técnicas, mas, ainda mais, porque não são efetivas, não vão resolver o problema: a EROSÃO DA FALÉSIA DO CABO BRANCO. Pois bem, a minha manifestação consiste em 10 textos, cada texto, com 10 parágrafos. Já os coloquei à disposição de várias autoridades, e alguns jornalistas, e de dois secretários municipais. Se o nobre jornalista quiser ler esses textos, envie-me seu imeio. Obrigado, e desculpe pela complexidade do tema.

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