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  Retrospectiva 2018.

23 de dezembro de 2018

Marcos Pires

Esta coluna é o resultado de uma pesquisa simples que lancei nas mídias. Perguntei quais teriam sido os fatos mais importantes de 2018.

Um amigo se mostrou embasbacado com um fato que eu sequer sabia ter acontecido. Pois não é que a Receita Federal decidiu cobrar do Ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, o imposto de renda devido pela propina que ele recebeu?

Pausa para você respirar, leitor. Mas é isso mesmo que você entendeu. Vá ao Google e confirme; um Ministro do TCU vai ter que pagar imposto sobre um suborno. É bom lembrar que esse Ministro julga nesse Tribunal exatamente os casos de suborno de empreiteiras, entre milhares de outros malfeitos. Bom, pelo menos ele entende do assunto, né? Mas eu fiquei imaginando, se a moda pega… . Imaginem uma prostituta dirigindo-se ao balcão da Receita Federal para fazer sua declaração. O espantado funcionário sem entender direito, questiona a profissional do sexo sobre aqueles lançamentos dispares; “- Ah, meu filho, é que são diversas fontes de renda cujos valores dependem do tempo da prestação do serviço. É a mesma coisa de um taxi que cobra pelo tempo da corrida, só que no nosso caso cada banco do carro tem um preço diferente”. Não, não vai dar certo.

Muita gente fixou-se nas eleições, com destaques para a família Bolsonaro, bem assim nas péssimas previsões dos institutos de pesquisa principalmente nas eleições para o Senado na Paraíba e em Minas Gerais. E claro, como não podia deixar de ser, na Ministra que viu Jesus no pé de goiaba.

Mas o evento campeão na pesquisa foi a prisão de Lula. Esse sim marcou o ano de 2018. Uns defendendo, outros atacando. Portanto, leitores amigos, para o bem ou para o mal este ano de 2018 teve como fato mais marcante uma prisão.

Eu respeito mas discordo de todas as opiniões por mais relevantes que sejam. Para sempre irei lembrar do ano de 2018 como o ano em que algumas crianças magricelas conseguiram comover e unir toda a humanidade. Aqueles garotos presos em uma caverna na Tailândia não deram abrigo ao desespero, focaram no que era necessário e tiveram na crença o combustível para esperar por sua salvação. Com seu exemplo ensinaram ao mundo que a fé e a esperança sempre vencem ao final. É disso que precisamos neste Brasil fragmentado.

Feliz natal!

 

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