Em entrevista à jornalista Andreza Matais, o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, falou pela primeira vez sobre o episódio em que a ordem judicial para soltar o ex-presidente Lula, feita pelo desembargador Rogério Favretto, do TRF-4, foi descumprida. Segundo Galloro, partiu do presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores (foto), a determinação para descumprir o alvará de soltura. Thompson Flores alegou que havia um ‘conflito de competência’ entre Favretto e o desembargador Gebran Neto, o que era falso, porque apenas o desembargador de plantão tinha o poder de decisão naquela data. Segundo a revista Veja, Gebran disse ter ignorado a lei brasileira para manter Lula preso (saiba mais aqui).
Leia, abaixo, o trecho em que Galloro fala sobre a atuação de Thompson Flores no caso:
Em algum momento a PF pensou em soltar o ex-presidente?
Diante das divergências, decidimos fazer a nossa interpretação. Concluimos que iríamos cumprir a decisão do plantonista do TRF-4. Falei para o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública): ‘Ministro, nós vamos soltar’. Em seguida, a (procuradora-geral da República) Raquel Dodge me ligou e disse que estava protocolando no STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra a soltura.
‘E agora?’ Depois foi o (presidente do TRF-4) Thompson (Flores) quem nos ligou. ‘Eu estou determinando, não soltem’. O telefonema dele veio antes de expirar uma hora. Valeu o telefonema.
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