opinião

REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA NO TJPB

5 de julho de 2020

Cícero Lima (jornalista)

Ousadia e verdadeira revolução tecnológica, foi a decisão do presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, Desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, em autorizar a  transformação(digitalização) de milhares de processos criminais que tramitam   fisicamente( papel) em mais de 100 varas judiciais existentes na Paraíba, os quais até o final do próximo mês de agosto estarão inseridos no sistema eletrônico PJE.

Na verdade, a nova “performance” que será aplicada a todos os feitos criminais em tramitação e os que vierem ser distribuídos, manifesta-se como um grande e importante salto para o futuro, em benefício direto não só aos milhares de jurisdicionados, mas também a todos os advogados, notadamente aqueles que militam precipuamente na área criminal.

E pelo teor da resolução 20/2020, publicada no Diário da Justiça do dia 25 de junho, o presidente do TJPB tem pressa na conclusão da digitalização de todos os processos criminais e a consequente inserção no novo sistema eletrônico PJE, uma vez que o calendário estabelecido para a concretização dos trabalhos foi de pouco mais de 30 dias,  uma vez que para agrupar centenas e centenas de volumes, necessita de um verdadeiro exército de servidores dedicados à causa.

Um gesto corajoso como este tomado pelo presidente da Corte Estadual de Justiça, merece aplausos, não só pelos benefícios que trarão a todos os jurisdicionados, mas sobretudo a classe dos advogados. Infelizmente, não se tem notícia de que o principal órgão representativo dos advogados na Paraíba -Ordem dos Advogados do Brasil -Seccional Paraíba, tenha vindo de público manifestar qualquer satisfação e solidariedade ao o autor da tão salutar medida.

Afinal, ao que parece, com raríssimas exceções,  a Ordem dos Advogados do Brasil, na Paraíba, pouco enobrece a dura atividade dos advogados que trabalham na área criminal, notadamente aqueles que tiram a sobrevivência na diuturna luta do acompanhamento e defesa do cliente a partir da Delegacia de Polícia e, lamentavelmente, por vezes são taxados de “advogadoS de porta de cadeia”.

Você pode gostar também

Sem Comentários

Deixar uma resposta

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

2